Destiny (Justin Bieber) - Capítulo 5


Justin

Aquela imagem não me escapava da minha mente nunca mais, nem se eu quisesse. Ninguém podia negar, ela era gostosa e pelo jeito as coisas só melhoraram. No casamento, eu só a via assim nos momentos íntimos que nós tínhamos. Aquele corpo sempre me causava efeitos ótimos e como acabei de perceber, ainda causam. 

Eu estava deitado na cama quando ela saiu do banheiro já vestida. 

- Aonde vai? - Perguntei assim que vi ela saindo pela porta principal. 

- Almoçar.

- Vou com você. - Pulei da cama e sai. 

Estávamos no restaurante do hotel sentados em uma mesa, nossos pedidos haviam acabado de serem entregues. Ela estava muito calada para o meu gosto, mas nada que uma provocação não resolvesse. 

- Completamente nua... Nossa! - A olhei malicioso.

- Já falei para esquecer isso. - Olhou para os lados preocupada com o ouvido das pessoas em volta. 

- Impossível. - Mordi os lábios. 

- Cala boca e come! - Cochichou. 

- Essa frase não é tão inocente quanto pensa. 

- Ah, pelo amor de Deus! - Revirou os olhos.

- Não tenho culpa se você é tão... 

 - Descuidada? - Me olhou. 

 - Eu diria gostosa. - Sorri. 

Ela me olhou com os olhos cerrados, provavelmente em breve me mandaria calar a boca novamente. Eu pretendia provocá-la mais um tanto, porém fomos interrompidos.

- Ah, achei vocês. Tudo bem? - Aquele vadio nos olhou sorrindo. 

- Oi. Tudo sim! - (Nome) o olhou com um sorriso bobo e eu apenas acenei com a cabeça revirando os olhos logo em seguida. 

- Sem querer ser enxerido, mas vocês são casados? - Nos olhou. 

- Sim. - Respondi. 

(Nome) me olhou brava. 

- Não, não somos. - Ela olhou para ele. 

- Ah, ok. - Disse um pouco confuso. 

Quando achei que aquele pesadelo estava perto do fim, ela me mostrou que não havia nem começado. - Você quer sentar com a gente? - Não bastou muito para eu a olhar com as sobrancelhas arqueadas. 

- Claro. - Puxou a cadeira ao lado. 

- Você com certeza não teve uma primeira boa impressão de nós. - Ela disse envergonhada colocando uma das mechas da franja atrás da orelha. 

- Bom, na verdade a primeira vez que te vi foi no saguão e você usava uma saia que deixou suas pernas maravilhosas. Pode acreditar, a minha primeira impressão de você foi a melhor das melhores. - Sorriu. 

Filho de uma putaComo ele ousa falar das pernas dela na minha frente, quem esse arrombado está pensando que é? 

Bufei alto e cruzei os braços, eu estava muito perto de esganar aquele corno. 

- O que você faz? De onde é? - Ele perguntou. 

- Sou designer de interiores e vim de Washington para construir um projeto. E você? 

- Jogador profissional de Tênis. Sou de Ohio e estou aqui de férias. 

- Ah, ual. - Ela sorriu.

- Posso te ensinar a jogar um dia. - A olhou com uma ponta de malícia. 

- Eu adoraria. - O olhou da mesma forma. Nunca que eu ficaria ali segurando vela. 

- Vão tomar no cu. - Falei me levantando da mesa. 

Entrei no elevador e eu nunca me senti tão furioso na vida. Ignorado pela minha ex-mulher

Apertei o botão do meu andar e senti o elevador entrar em movimento. Pode apostar que aquele filho da puta vai me pagar, ninguém tira o que é meu e sai impune nisso, jamais. Olha, foda - se se ela gosta dele, acha bonito ou o caralho a quatro, isso não me importa. Eu não quero ela perto daquele cara, isso vai me dar um trabalhão se der certo.

Porra! Por que diabos eu deixei eles sozinhos? Isso pode gerar uma bela de uma noite no quarto dele. 

O elevador parou para alguém entrar, aproveitei a deixa e saí. Peguei as escadas e desci novamente até o restaurante. Assim que cheguei até a mesa, me sentei largadamente na minha cadeira assustando ambos.

- Ah, voltei. - Sorri falsamente. 

Se acham que eu não tinha um plano, estão redondamente certos. Mas há algo sobre mim, improvisos são o meu forte. 

- Ei. - Falei ao cara ganhando a atenção do mesmo. - Você disse que joga tênis, não é? 

- Sim. - Me olhou confuso. 

- Você não faz mais nada da vida caralho? Sabe? Um emprego de verdade. 

- Mas... tênis é um emprego de verdade. 

- Vai me dizer que ainda mora com seus pais? Sabe, nunca ouvi falar de você. É mesmo jogador profissional? Eu acho que essa profissão não... 

- Justin! - (Nome) falou alto até demais. 

- O que foi? Apenas estou curioso.  

- Para, eu sei o que está tentando fazer! 

- Porra, estou apenas conversando com ele.

- Você está sendo um imbecil! 

- Nunca. 

- Ahn... Acho melhor eu ir, tenho que resolver uns assuntos... - O rapaz se levantou e foi para outro canto do restaurante. 

Sorri vitorioso, mas assim que olhei pra (Nome), vi que ela estava muito brava. 

- Não acredito que fez isso, seu cretino! - Ela disse se levantando da mesa e saiu me deixando sozinho. 

Percebi que não estava apenas brava, mas também chateada. Paguei a conta e logo fui atrás dela. 
Não consegui pegar o mesmo elevador, mas quando cheguei no quarto, ela estava na sacada. Decidi que não falaria com ela naquele momento, provavelmente só a deixaria mais brava. 

Anoiteceu e ela ainda permanecia ali na sacada. Estava sentada em uma das cadeiras ouvindo músicas em seu celular.

- Ei, está frio demais para ficar aqui, não acha? - Fui até lá. 

- Vai se foder, Justin. 

- Hum, falando palavrões. Está mesmo brava. - Parei em sua frente. 

- E esperava que eu desse pulos de alegria? Você estragou tudo. De novo. - Se levantou e foi para dentro. 

- Ele só queria te comer, acredite. - A segui. 

- E isso importa? Desde que ele me tratasse como eu realmente mereço, isso seria a última coisa que eu me importaria. Justin, eu quero um namorado! 

- Para que?! - A olhei indignado. 

- Para me fazer feliz. - Gritou. - Acha que quero viver como você? 

- Ah, vai tomar no cu. Ele quer te enganar, não consegue ver? 

- Enganar? Justin, eu nunca vi um homem tão doce na minha vida. 

- Porra, para de ser idiota. Um cara faz de tudo para comer uma mulher, logo ele te descartaria.

- Ninguém é tão experiente como você nisso, não é?  

- Só estou querendo te dizer que ninguém falaria das suas pernas se realmente está interessado no seu coração, presta atenção cacete! 

- Você estragou tudo e essa pode ter sido a minha última chance de ser feliz com alguém. Muito obrigada! - Bateu a porta do banheiro com força.

- Ah, caralho! - Gritei jogando uma almofada no chão. 

Respirei fundo e tentei me acalmar. Mesmo depois de ter tirado ela de uma roubada eu me sentia culpado. Puta merda, qual era o problema daquela mulher? 

Me joguei na cama e fiquei esperando ela sair. 

Quando ouvi o barulho da porta, me levantei rápido e vi ela vir em minha direção. 

- Eu quero dormir na cama. E sozinha. - Disse me olhando firme. 

- O que? Não. 

- Eu não vou dormir na droga do sofá de novo! 

- Então dorme comigo. 

- Nem pensar. Você vai dormir no sofá e eu aqui!

- Eu já disse da primeira vez e vou dizer novamente. Essa cama é minha porra! 

- Quer saber, vai se ferrar seu egocêntrico! - Me empurrou. 

Ela foi até o sofá, bufou e se deitou apagando seu abajur. Não era isso que eu esperava, eu queria que ela aceitasse a opção de dormir comigo. 

Luzes apagadas, corpos separados.  

- (Nome)?

- Cala boca.

- Dorme comigo. 

- Não. 

- Não foi uma pergunta.

- Foda - se, eu disse não. 

- Vem, para de ser marrenta. 

- Justin, cala - a - sua - boca. 

- Se você não dormir comigo, eu vou aí dormir com você. 

- Puta merda, pode me deixar em paz? 

- Estou indo ai! 

- Não chegue perto de mim! 

- O sofá é pequeno, a cama é grande. Você escolhe... 

- ‘Tá! Eu vou porra! - Ouvi ela se levantar e um sorriso brotou em meus lábios. Senti a cama se mexer e logo o perfume dela ficou mais forte. 

Assim que ela se deitou debaixo das cobertas, cheguei mais próximo. 

- Se tocar em mim, eu nunca mais falo com você. 

- Correrei o risco. - Tentei abraçá-la. 

- Sai! - Me empurrou. 

- Para de frescura. 

- Qual parte da palavra "separados" você não compreendeu ainda? 

- Ah, vai se foder! - Me virei para o outro lado. 

- Ridículo!

- Cala a boca e dorme, porra.

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