Destiny (Justin Bieber) - Capítulo 3



Quando cheguei no meu quarto, as luzes estavam apagadas e apenas o abajur da minha cama iluminava o local todo. Ela já estava tendo seu sono encolhida debaixo de milhares de cobertores no sofá enquanto eu, ao invés de dormir fiquei na fria sacada observando as luzes da grande torre ao longe.
- Temos uma reunião agora, pode levantar! - Senti um grande travesseiro ser jogado em meu rosto.
- Ah, merda! - Virei para o outro lado da cama percebendo que já era dia.
- Não posso aparecer lá sozinha, levanta! - Falou alto e me depositou um forte tapa no braço.
- Para quem não estava se importando com o emprego, parece muito preocupada agora. - Me levantei preguiçoso.
Assim que me encontrei pronto e agasalhado, ela saiu do banheiro já em seu social. Como sempre, com uma saia. Ela era fiel a elas mesmo no frio, isso era um grande fato.
Assim que chegamos no escritório, nos identificamos e entramos. Quando adentramos a sala de reuniões, algumas moças com cerca de quarenta anos e alguns rapazes nos esperavam. Foi uma longa reunião e se tratava de ideias e do que eles esperavam de nossos projetos. Acredito que fomos bem para um negócio no exterior. Tínhamos um prazo de quatro dias exatos para planejar tudo, mas dois dias já nos era o suficiente. Eu como não era bobo nem nada, fiz pesquisas e fiz um esboço antes mesmo de embarcar. Ou seja, metade do caminho já estava percorrido.
- Vocês são casados? - Um cara mais velho me perguntou assim que saímos da sala de reuniões. Ela estava no banheiro.
- Não mais. - Respondi mexendo em meu celular.
- Nossa, você perdeu um belo par de coxas. - Riu enquanto eu revirava os olhos e pensava o quão otário ele era.
- Meu senhor, ninguém conhece aquelas coxas tão bem quanto eu. Sei bem o que perdi e não preciso de ninguém para me dizer isso, obrigado.
Não, eu não fui grosso. Apenas não queria nenhum babaca de meia idade comentando as coxas da minha ex-mulher. Problemas? Nenhum.
Antes daquele dependente de Viagra comentar qualquer imundice, saí e fui à espera de (SeuNome) que logo saiu do banheiro.
- Você está com aquela cara de que ofendeu alguém. - Me olhou.
- Não. Vamos logo! - Sai na frente dela.
- É, você com certeza ofendeu alguém. - Me seguiu. - Estou muito intimidada com os rapazes daqui. Um grupo deles acabou de dizer que tenho as pernas mais lindas que já viram, acredita? - Riu.
- Bizarro. - Revirei os olhos. - Um cara também me falou sobre as suas pernas. Qual o problema desses velhos?
- Ah, então é por isso que você foi inconveniente. - Riu novamente. - Está com ciúmes das minhas pernas.
- Que besteira.
Ela não disse nada, apenas soltou risos discretos.
Quando chegamos no hotel, ao invés de se direcionar para o elevador, ela foi até a recepção saber sobre algo. Enquanto a esperava - sem saber o motivo - fiquei ali observando. Alguns homens que passavam, também olhavam para ela descaradamente.
Eu sabia muito bem que ela era bonita, sabia que tinha um corpo dos deuses - mesmo que ela negasse - sabia que era desejada por onde ia. Esse era um dos meus maiores problemas, eu sabia demais sobre aquela mulher.
O dia já estava pela metade quando voltamos, mas o frio parecia impregnado naquela cidade. Arranquei aquele terno e voltei a calça de moletom já me deitando.
- Você está enorme de gordo. - Ela disse sentando em uma poltrona próxima a cama com uma grande e quente caneca de chocolate.
- Continuo em forma. - Mordi um dos cookies que eu havia pego.
- Nem tanto, seu corpo era bem mais notável antes.
- Como se você ligasse para isso. Sempre disse que preferia meus...
- Olhos castanhos. - Completou minha frase lentamente.
Fizemos uma curta pausa enquanto nos encarávamos.
- É. - A olhei sério.
Ficamos em um silêncio constrangedor. A única coisa na face da terra que me deixava sem reação eram os elogios dela. Por mais indiretos que fossem, eu sabia quando estavam sendo feitos.
- Acho que vou... Vou ligar para o Nick e avisar que foi tudo bem. - Falou rápido e enrolada.
- Ok. - Observei ela sair. - Puta merda. - Suspirei e mordi meu lábio inferior.
Mas o meu maior problema é quando ela me deixa sem palavras. Ela consegue fazer isso com o elogio que for, mas consegue. Aqueles olhos realmente tem o poder de me intimidar de uma forma inexplicável.
- O que acha de começarmos o projeto agora? - Disse ela me despertando rapidamente dos pensamentos.
- Ligação rápida. - Passei as mãos no cabelo.
- Ele não me atendeu. - Respirou fundo com as duas mãos depositadas na cintura. - Mas então, vamos fazer o projeto agora?
- Ahn... tudo bem. - Me sentei no centro da cama.
- Na cama Justin? Por favor... - Revirou os olhos.
- Vem logo antes que eu desista e vá dormir.
- Ok. - Bufou. - Vou pegar meu bloco de anotações.
Assim que ela voltou, passamos longas horas discutindo sobre o projeto. Eu sempre procurava ouvi-la atentamente e também dava minhas próprias opiniões que eram bem aceitas. Sempre que discordávamos de algo tentávamos achar um meio termo e tudo se resolvia.
Claro, eu nunca admitiria isso em voz alta, mas eu sentia grande falta disso. Tínhamos um sistema diferente para montar e planejar coisas e provavelmente era isso que nos diferenciava de qualquer outro funcionário. Quando um não sabia como resolver, o outro sempre tinha uma ótima solução. Era assim que funcionávamos bem, em conjunto.
- Acho que seria interessante se montassem vitrines com manequins reais. Isso chamaria a atenção de qualquer um que passasse por lá, com certeza. - Ela disse animada. - Sem contar que poderiam trocar de poses para diferenciar um pouco.
- É uma ótima ideia. - Sorri. - E se gostar da ideia, posso colocar alguns flashes de luz para parecerem que estão sendo fotografadas em tempo real. Acho que ficaria interessante.
- Muito bom!
Ela sempre se empolgava com os inícios de projeto. Realmente demoramos, mas o projeto estava finalmente pronto. Passamos a tarde inteira discutindo aquilo e pudemos descansar apenas tarde da madrugada. Tudo que havia de ser feito, conseguimos fazer. Foi tão trabalhoso, que mal vimos quando fomos dormir.

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