Queridos Gêmeos - Harry Styles - Capítulo 1


Harry
Eu não estava bem, a ficha havia caído. Havia perdido minha mulher e meus filhos que nem nasceram. Claro que foi um grande acidente, eu nunca teria intensões de magoá-la. Eu a amava demais. Eu queria saber dela, saber se chegou bem em casa, se não passou mal durante a viagem. Eu apenas queria uma notícia.
Uma das minhas maiores preocupações naquele instante era de perder o nascimento dos meus filhos, eu não queria ser ausente na vida deles. Já me bastava não ser tão presente para (SeuNome) quanto queria. Com certeza, a gravidez dela nos aproximou ainda mais.
Com isso, um grande flash atingiu minha mente me fazendo lembrar de quando ela me contou sobre a gravidez. Foi um dos melhores dias da minha vida...
- Cheguei, meu amor.
- Estou aqui na sala! - Gritei enquanto via um jogo qualquer.
- Olhe, comprei para você... - Se sentou ao meu lado no sofá com uma caixa pequena em mãos.
- O que é? - Olhei curioso quando ela me entregou.
- Abra. - Tentou disfarçar um sorriso.
Fiz o que ela mandou. Abri devagar e vi que eram dois sapatinhos de bebê feitos de lã.
- Amor, sapatos de lã? Por quê?
- Bom, é que talvez o nosso bebê... - Colocou a minha mão sobre a sua barriga. - Nasça no frio - Sorriu lindamente.
- Bebê? Você está grávida? - Sorri ansioso e ela apenas assentiu. - Oh meu Deus, eu vou ser pai! - A abracei com força - Eu te amo! - Beijei ela. - Quantos meses?
- Nove semanas.
Dois meses depois, ela chegou muito animada.
- O que foi, que sorriso é esse? - Ri.
Ela não era boa em disfarçar.
- Olha. - Me mostrou dois sapatinhos de lã.
- Perdeu os outros?
- Amor, se lembra que semana passada comentamos sobre minha barriga estar crescendo tão rápido?
- Claro.
- Bom... é porque são gêmeos. - Sorriu.
- Oh meu Deus! - A beijei seguido por um abraço. - Gêmeos?
Era gostoso ter lembranças boas dela, lembrar de nossas risadas, do nosso casamento, das nossas brigas que sempre acabavam em uma ótima noite na cama, mas principalmente de como nos conhecemos.
Eu havia perdido uma aposta com os amigos, eu teria que ir até a Montanha-Russa mais alta da cidade. Isso não teria problemas se eu não tivesse um grande pavor de altura. Nos conhecemos na fila, eu estava me apavorando sozinho enquanto ela me olhava confusa. Isso gerou uma conversa e acabou que fomos juntos por conta de medos semelhantes.
Acabou que me apaixonei por ela, nos casamos e hoje montanhas-russas têm um grande significado para mim, nunca serão as mesmas. Bom, realmente porque agora não estamos mais "juntos". Por lei e por mim ainda somos casados, mas tenho certeza que ela nega qualquer envolvimento.
Durante os dias em que passei sem ela, o meu desespero foi tão intenso a ponto de contratar um cara para vigiá-la por mim. O mesmo havia me mandado fotos dela no aeroporto com um rapaz. Eu conhecia bem aquela silhueta, e posso dizer que odeio cada centímetro dela. O meu maior motivo de ciúmes estava bem ali, com ela envolvido em um caloroso abraço. Claro que não me senti bem, ela sorria como uma boba. Isso eu nunca aceitaria, só eu a fazia se sentir assim.
(SeuNome)
Já haviam se passado alguns dias que eu havia voltado para meu país natal. Não, não foi nada fácil. Eu parecia estar sofrendo muito com o clima tão diferenciado, sem contar os problemas pessoais. Se não fosse por Gabriel, eu estaria perdida.
Gabriel é um amigo de infância, quase um irmão para mim. Nos separamos assim que resolvi fazer o intercâmbio depois da escola, e desde então nunca mais voltei. Para minha sorte, assim que comecei a trabalhar lá, investi numa boa casa e era onde estava vivendo. Por momento, Gabriel estava morando comigo. E por mais que eu insistisse para ele ir, ele dizia que nunca deixaria uma mulher grávida sozinha e indefesa.
Entramos no mercado abraçados e eu me sentia confortada. É claro que parecíamos um casal para quem olhasse, mas tínhamos um sentimento recíproco de irmãos.
As compras foram rápidas, ele estava absurdamente nervoso com o fato de eu não parar um só segundo com o meu "barrigão". As pessoas que estavam no local até se assustavam, pois pelo tamanho da barriga não era para eu estar andando daquela forma por todo canto.
O mais fofo de tudo foi quando eu estava no caixa vieram duas crianças para falar comigo.
- Moça - Chamou o menino. - O que é isso? - Apontou para minha barriga.
- Michel, não seja lerdo! - A menina disse. - É uma bola!
Eu ri, eles eram muito fofos.
- Na verdade, aqui tem bebês. - Falei sorrindo.
- Bebês? - A garotinha novamente disse. - Mas não é um só?
- Mas eu tenho dois meu bem, são gêmeos.
- O que é gêmeos moça? - O menino.
- Quando tem dois bebês dentro de uma barriga, se chamam gêmeos. E os gêmeos as vezes nascem iguaizinhos, um focinho do outro.
- Ah, que legal! - Falaram impressionados.
Depois daquilo os dois correram para outro lado do mercado. Eram lindos, espero que meus filhos sejam assim. Já mencionei que é um casal? Não? Pois é, um menino e uma menina. São bem pesados.Eu e Gabriel saímos do mercado e fomos para casa. Eu o ajudei a guardar as compras mesmo ele protestando a todo custo.
- Pare de ser chato, já estou terminando!
- Para de se esforçar, não sei fazer partos! - Falou com um pouco de desespero. Sempre foi exagerado.
- Tudo bem, vou dormir. - Falei subindo as escadas. - Depois que terminar, já pode ir para casa.
- Nem pensar! Vou ficar com você até essas crianças nascerem, e se possível, vou te ajudar a cuidar.Já no segundo degrau, me virei para ele com um grande sorriso no rosto.
- Você é o meu anjo. - Pisquei.
Ele sorriu iluminado e piscou.
- Bons sonhos. - Acenou.
- Para você também. - Voltei a subir. - O quarto de hóspedes é todo seu. 

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