Destiny (Justin Bieber) - Capítulo 1

Obs: Para que não venha ocorrer problemas, já dou um aviso prévio: Essa história contém palavrões e algumas insinuações pervertidas. 

Foram avisadas.

Nick havia acabado de deixar a minha sala em passos firmes e uma expressão nada agradável. Estava mais uma vez insatisfeito com o meu último projeto, como vem sendo há quatro meses. Nicholas Boulevard era o meu chefe e acho completamente desnecessário citar que ele é o típico poderoso exigente da empresa. Era um cara que beirava seus sessenta anos e que tinha grandes patrimônios de grandes valores pelo mundo.

Mas voltando, eu estava extremamente preocupada com a minha carreira e tinha muita razão para isso. Há menos de cinco meses atrás, eu era a melhor dos melhores. Tinha projetos grandiosos e cheios de ideias esplendidas. Mas tudo mudou radicalmente na minha vida depois de uma escolha que felizmente não consigo me arrepender.

Antes de sair de minha sala, Boulevard me pediu que eu estivesse em sua sala em exatos quinze minutos. Ele odiava atrasos e pelo mesmo motivo cheguei mais cedo. Temendo que seria brevemente despedida, eu tive a leve esperança de que chegar segundos mais cedo fosse alterar em sua decisão. Pelo peso de minha importância naquela empresa, desde que subi de cargo nunca precisei bater em sua porta, então diretamente entrei.

- Ah, sempre adiantada. - Disse ele sem ao menos olhar enquanto mexia em alguns papéis sob sua mesa. - Sente-se.

- Claro. - Me aproximei e me aconcheguei em uma das poltronas de frente a mesa. - O que gostaria de tratar?

- (SeuNome). - Me olhou finalmente ignorando os papéis. - Antes de qualquer coisa, você sabe que sempre foi de longe a minha melhor empregada nesse lugar. É como minha filha e também me traz muito orgulho desde que chegou aqui. - Por segundos um sorriso sincero saiu de meus lábios. - Porém ultimamente as coisas vêm ficando complicadas e seus projetos caíram desde que... Bom, desde que você o deixou. - E como esperado, o sorriso se foi.

- Com todo respeito Nick, mas ele não tem nada a ver com isso. Eu estou muito bem fazendo projetos com o Sullivan. - Cruzei os braços.

- Sejamos francos, estamos entre amigos. Vocês dois não são um time como você e seu ex-marido eram. Era o amor era o que os movia e não uma rivalidade. Agora, são apenas duas pessoas avulsas e sem motivos reais para continuarem aqui. - Respirou fundo.

Ele estava prestes a continuar, mas a porta se abriu rudemente o interrompendo ligeiramente. Ambos olhamos em direção a mesma e vimos ele lá, parado nos observando. Como sempre, bem vestido em sua roupa social de trabalho. Ele não havia tido nenhum cuidado, simplesmente invadiu a sala e entrou como um ogro.

Revirei os olhos e voltei a olhar para frente tentando ignorar aquela entrada arrogante que havia presenciado.

- Me chamou? - Fechou a porta já dentro da grande sala presidencial.

- Claro Sr. Bieber, sente-se por favor. - Estendeu a mão a cadeira ao meu lado.

Ele se sentou e eu cruzei os braços achando tudo aquilo um absurdo. Eu não pretendia olhar no rosto dele e muito menos dirigir algum tipo de cumprimento. Eu me recusava por completo estar respirando o mesmo ar que aquele vil.

- Acho que não preciso fazer desenhos para saberem o que está ocorrendo aqui. - Nick suspirou e apoiou suas mãos entrelaçadas na mesa. - Vocês dois precisam se acertar e tomar uma decisão.

- A minha decisão já foi tomada há seis meses atrás no tribunal. - Falei friamente. - Não vou ficar brincando de fazer joguinhos com ele e simplesmente fingir que está tudo bem.

- Achei que seria uma conversa civilizada. - O rapaz repugnante ao meu lado disse.

- Por favor. - Nick elevou a voz. - Eu gostaria de pedir pelo menos um terço de respeito que receberam de seus pais e me escutassem por um segundo! - Nos fez calar. - Tenho uma proposta.

Antes mesmo dele abrir a boca, eu já imaginava que eu odiaria cada palavra que seria dita. Aquilo me parecia algo sério, mas eu já pensava em não aceitar.

- Nós aqui sabemos, que ninguém jamais trabalhou como vocês trabalham juntos nessa empresa. Eu tenho uma consideração gigantesca por vocês e quero que me ouçam atentamente.

Nós dois suspiramos ao mesmo tempo aguardando a sugestão enquanto Nick nos encarava seriamente.

- Duas opções. Se trabalharem juntos novamente, eu estou completamente disposto a dobrar o salário de vocês. Não quero que voltem com o casamento, apenas quero que sejam profissionais e voltem a me orgulhar com os projetos que faziam em conjunto. Mas caso não aceitem, vem a segunda parte. Infelizmente vou ser obrigado a fazer com que deixem seus postos e saiam da empresa.

- O que?! - Falei indignada. - Nick, não! Eu amo essa empresa, foi o meu primeiro emprego bem-sucedido desde mais nova! Não pode fazer isso! - Me desesperei.

- Eu sei, mas não posso mantê-los se não me dão resultados. - Suspirou.

- Nick, nos dê outra chance. Eu realmente gosto de trabalhar juntamente ao Sulivan e eu sei que eu posso recuperar todos os trabalhos rejeitados. - Falei e pude observar Justin revirar os olhos. Eu nem lembrava que ele ainda estava ali.

- Eu sinto muito, mas não posso. Por mais que considere vocês como parte da família, preciso tomar decisões que tornem essa empresa melhor.

- Então nós aceitamos a sua proposta. - Justin soltou sem mais nem menos.

Arregalei os olhos e o olhei incrédula. O que foi que ele disse?!

- Como é? - Olhei para ele.

- É isso mesmo. - Me olhou sério. - Eu não vou perder o meu emprego só porque você não aguenta uma separação. Sejamos profissionais e sensatos para separar a nossa vida do trabalho. - Voltou a olhar para o senhor à frente. - Aceitamos a proposta Nicholas.

- Justin, temos que entrar em um acordo! - Gritei irritada. - Não pode decidir nada assim, isso não vai dar certo!

- Como sabe se nem tentamos? - Me olhou revoltado. - Pare de querer controlar as coisas e comece a perceber que você não decide nada sozinha. Isso também é o meu emprego!

- Por favor, sejamos corteses. - Nick pediu educadamente e logo olhou para mim. - Senhorita, por favor. Eu não estou fazendo por mal e sim porque gosto muito de vocês. Sabem bem que se fosse pelo Sr. Robin - nosso superior - já estariam fora há muito tempo.

Parei e suspirei. Eu não estava gostando nada do rumo que aquilo estava levando, mas não podia negar que ele tinha razão. Robin estava louco para me demitir e só não havia feito por conta de Nicholas. É, eu devia isso a ele.

Em meio ao silêncio, Nick nos observava a espera de uma resposta. Em sua expressão éramos capazes de observar preocupação e ansiedade.

- Ok, eu aceito. - Suspirei. Mesmo sabendo que poderia ter sido a pior burrada da minha vida, concordei.

- Ah, maravilha. - Sorriu aliviado. - Fico feliz pela escolha pois já tenho algo para vocês. - Pegou papeis na gaveta e nos entregou.

Comecei a ler. Vi que se tratava de um contrato, mas assim que terminei de ler, um sorriso inesperado saiu de meus lábios.

- França? - Falei surpresa.

- Exato, quero vocês lá em dois dias. Pediram os meus melhores funcionários para construir a vitrine de uma revista de moda. Quem melhor do que vocês?

- Não vai se arrepender. - Justin disse respirando aliviado.

- Sei que não. - Sorriu. - Bom, é isso.

Assim que saímos da sala, fomos para respectivos escritórios. Para seguir o prazo de dois dias, precisávamos ir para a França naquele mesmo instante. Passei o resto do dia arrumando minhas malas e tudo mais.

Era tudo tão incrível, mas eu não estava satisfeita. Por mais que eu amasse de paixão Paris, não poderia ignorar o fato de que teria que carregar um grande fardo. O idiota do meu ex.

Fomos casados por quatro anos e três meses, mas nos separamos por motivos que realmente não gostaria de me lembrar. Creio que foi a melhor escolha para nós. Na verdade, eu tinha certeza.

Quatro dias depois, eu havia acabado de desembarcar em Paris. Tive alguns problemas com meu passaporte e não pude cumprir o prazo, mas sem problemas agora. Justin havia ido em minha frente, como um grande cavalheiro, claro.

Assim que cheguei em Paris, percebi o inverno rigoroso logo de cara. Devia estar cerca de três graus quando cheguei no hotel. Dentro do quarto, a primeira coisa que fiz foi observar a famosa Torre Eiffel da sacada. Era realmente maravilhosa em pleno pôr do sol, mas o frio não me permitiu aproveitar a vista por muito tempo.

Após alguns minutos, o meu corpo começou a sentir uma enorme necessidade de descansar, e foi aí que resolvi me deitar na enorme cama no centro do quarto. De olhos fechados eu respirei fundo, por enquanto estava em paz. Nada de tormento, nada de Justin.

- O que pensa que está fazendo na minha cama? - Aquela voz me fez levar um susto abrindo rapidamente meus olhos.

- O que é isso?! - Sentei me recompondo.

- Vai sair ou não da minha cama? - Cruzou os braços.

- Sua cama? Não senhor, minha cama. Esse é o meu quarto! E falando nisso, o que está fazendo aqui?

- Eu é quem devia te perguntar, esse quarto é meu.

- Não, não é!

- É, é sim. Agora pode sair dela por favor?

- Ah, faça-me o favor!

Me levantei completamente irritada e fiz questão de descer até a recepção. Nem em um milhão de anos que eu ficaria junto a ele!

Jogada errada Nicholas Boulevard, erradíssima!

- Com licença. - Disse a senhora do balcão.

- Olá. - Sorriu simpática.

- Houve um grande engano e eu preciso que revise algo no check-in. Eu deveria estar num quarto sozinha, mas tem um senhor lá em cima que insiste em dizer que está comigo.

- Qual seu nome?

Assim que dei o meu nome, ela foi pesquisar algo no computador. Demorou um bocado até que ela voltasse a me dar atenção.

- Não, a reserva está correta. - Sorriu. - Um quarto de casal.

- Isso não é possível, não pode ser! - Falei para mim mesma.

Sem ao menos agradecer, saí do balcão e peguei o celular já fazendo uma chamada com Nick. Ele demorou muito para atender, parecia até saber do que se tratava.

- Senhorita? - Ouvi sua voz.

- Nicholas, estou aqui no balcão do hotel. Acabaram de me informar que estou num quarto de casal, preciso dizer alguma coisa?

Assim que terminei, ouvi sua fraca risada.

- Me disseram que esse erro tinha sido mesmo cometido, mas achei que já havia sido resolvido.

- Não foi. - Suspirei. - O que eu vou fazer agora?

- Vou tentar resolver isso, mas vai ter que passar o dia aí até eu encontrar uma solução.

- Será que eles não têm mais quartos?

- Pelo que dizem aqui estão lotados. É mês natalino.

Suspirei.

- Vou tentar te achar um outro hotel mais próximo, mas até lá vai ter que conviver com o seu monstrinho. - Riu.

O que ele tanto acha engraçado?!

- Ok, até mais tarde. - Suspirei.

Estava ficando tarde, então subi.

- Parece que a princesa voltou. - Justin disse assim que entrei no quarto. Ele estava sentado no sofá enquanto assistia um programa qualquer na televisão com o quarto todo escuro.

O ignorando, eu fui até a pequena cozinha do cômodo e peguei um copo de água. Com muita sorte eu me afogaria e arrumaria uma boa desculpa para dormir num hospital.

Depois de matar a sede, voltei e me deitei na cama me espreguiçando. Já era noite e eu estava muito cansada por conta da viagem.

- Já disse para sair daí. - Ouvi Justin protestar.

- Cala a boca. - O ignorei.

- Não, a cama é minha e você vai sair daí. - Se levantou do sofá e se aproximou.

- Só pode estar brincando. - Me sentei.

Ele apenas cruzou os braços e parou em minha frente.

- E onde acha que eu vou dormir?! - Questionei irritada.

- No sofá se tiver sorte. - Continuou na mesma pose.

- Nunca que eu fico lá. - Debochei.

- Eu cheguei antes de você, então eu fico com a cama.

- Nossa, quanta maturidade. - Revirei os olhos. - A questão é que você como grande cavalheiro que é, vai dormir no sofá.

- Presta atenção, sua mimada. Você vai dormir na porra do sofá, e eu vou ficar com a cama.

- Ah, já chega. Boa noite. - Voltei a me deitar e fechei meus olhos.

Achei que já estava tudo resolvido, mas do nada o sinto me puxar pelos pés. Abri os olhos imediatamente, mas só despertei mesmo quando me vi sentada no chão.

- Justin! - Gritei completamente brava.

- Como eu já disse, a cama é minha. - Se deitou.

Ele havia desligado a televisão, então eu estava no escuro. Não, aquilo não ficaria assim. De jeito nenhum!

Peguei o controle e liguei a televisão em um canal qualquer e fui aumentando cada vez mais seu volume. Me deitei no sofá e cruzei as pernas apenas esperando ele se irritar.

- Abaixa essa merda! - Ele gritou.

- Estou assistindo! - Retruquei.

- Qual é o seu problema? - Ele se levantou.

- O meu problema é você e a sua idiotice aguda! - Continuei a aumentar o volume.

Eu estava deitada no sofá observando a televisão, até ele parar na minha frente.

- Você está sendo completamente infantil agora. - Ele tirou o controle da minha mão.

- Você é imaturo o tempo todo.

- Quem nessa sala está aumentando a porra do volume da TV como uma criança de três anos? Acho que é você. - Começou a perder a paciência que já não tinha.

- Fui madura o suficiente para aguentar a sua ignorância por quatro anos de casamento.

- Vai se foder! - Jogou o controle no chão fazendo com que o mesmo se desmontasse todo.

- Que maravilha, olha o que você fez! - Gritei apontando para o controle remoto despedaçado no chão. - A culpe é sua!

Nervosa acabei por desligar a televisão e sem paciência, nós dois fomos dormir.