"Imagine Harry Styles - Meu Parceiro de Apartamento" Part. 9 - Me desculpe, ok?

_Bom... Você sabe que eu estou um pouco confusa quanto a isso.
_Você quem sabe, eu não vou te forçar a nada.
_Não leve isso para outro lado, você sabe que eu gosto de você.
_Sabe, não me lembro de você dizer isso pra mim... -Disse sorrindo e esperando a minha confissão.
_É sério? -O olhei com o mesmo sorriso.
_Estou esperando...
_Ok. -Ri.- Eu estou gostando muito de você Styles, você está me deixando completamente maluca por você a cada instante.
_Ah, é? -Me abraçou.
_É. -Senti ele me beijar no rosto.
Passamos o resto do dia trocando carícias. Eu e ele estávamos cada vez mais próximos, quem diria?
No dia seguinte, antes do almoço, Harry me pediu para acompanhá-lo a festa de Angie na parte da noite e eu obviamente aceitei.
Quando estávamos na festa, me preocupei com o barulho alto que me incomodava profundamente.
_Harry, esse barulho está me enlouquecendo. -O cutuquei.
_Logo você acostuma. Vamos nos divertir!
Apenas sorri fraco, eu queria o agradar. Fomos para o jardim dos fundos da casa onde também se encontrava lotado de pessoas e sentamos em uma mesa. Estávamos conversando numa boa, até sermos ligeiramente interrompidos.
_Harry? -Uma loira estranha colocou as mãos no ombro dele.
_Ashley? -Sorriu se levantando.- Não nos vemos desde a última festa! -A abraçou.
_Não faz tanto tempo mas já senti saudades.
_Concordo. -Sorriu.- Essa é (SeuNome). -Se referiu a mim e apenas sorri por educação.
Ele e a moça se sentaram na mesa e começaram uma conversa sem fim. Eu não iria interromper ou fazer o impossível, ela era um ser bem mais apresentável que eu, não dava pra competir. Aliás, o que eu podia fazer pra competir com aquela barbie humana? Ela era linda, sem um se quer defeito. Sem contar o fato dela ser legal, que droga.
_Mas então, vocês são legais um com o outro? -Ela perguntou a ele.
_Somos apenas amigos, obrigatoriamente tenho que suportá-la. -Brincou mas nem me importei em rir.
_Vou ao banheiro. -Levantei acidentalmente soltando uma voz grosseira.
_Fica no lado esquerdo do corredor. -Harry avisou me olhando confuso.
_Eu sei onde fica. -Disse fria e sai.
Quando eu estava no corredor, acabei sendo forçadamente puxada pelo pulso e me virei encontrando  aqueles olhos brilhantes e confusos.
_O que você quer? Eu avisei que viria no banheiro. -Continuei firme na ignorância.
_O que aconteceu?
_O que aconteceu, Harry? Bom... Ela é bonita! -Me soltei cruzando os braços.
_O que? O que você diz não faz sent... Espere... -Me olhou com os olhos cerrados e um leve sorriso crescendo no rosto.- Está com ciúmes?
_Não estou com ciúmes, só não acho legal você me ignorar como está fazendo.
_Não estou te ignorando.
Respirei fundo e sai do local da festa indo pra rua.
_Não precisa ficar assim. -Correu atrás de mim.
_Você nunca me olhou daquela forma, Harry. Nunca! -Olhei no fundo de seus olhos, eu estava estranhamente decepcionada.
_Por que somos amigos.
_Ah, é. Eu havia me esquecido que a palavra "amigos" pra você, é a mesma coisa que dizer companheiros de sexo. A ideia de que você só me usou está crescendo fortemente na minha mente. -Respirei fundo olhando pra cima, meus olhos começaram a arder.
_O que é isso? Ficou maluca? Você sabe o quanto foi especial pra mim.
Apenas ri sarcástica e voltei a andar. Eu não conseguia acreditar que ele realmente havia dito a palavra "amigos" como se nada tivesse acontecido.
_Foi um erro, tá legal? -Falei enquanto andava.
_O que foi um erro? -Continuou andando atrás de mim.
_Confiar em você e me entregar tão fácil. Eu nunca deveria ter aceitado isso com você, eu sabia que isso aconteceria.
Ele não disse mais nada, apenas me acompanhou silenciosamente até o apartamento. Quando chegamos, joguei as chaves da porta na mesa de centro e fui até a cozinha tomar um copo de vinho. Eu precisava fazer algo pra me sentir aliviada, chorar. Enquanto eu tomava, ele estava encostado na porta da cozinha, braços cruzados e me observando.
_Você realmente acha que foi um erro? -Me perguntou em baixo tom, mal pude ouvir.
_Sim, foi. Se você consegue me chamar de amiga mesmo depois de tudo isso, eu não creio que você tenha estruturas pra qualquer coisa se avançarmos.
_Você disse que éramos amigos. Você quem pronunciou isso!
_Se é o que você quer, seremos apenas amigos. Se você vier me procurar, pode esquecer, não vou te ajudar. -Praticamente joguei o copo na pia e passei pela porta da cozinha. Ele segurou novamente meu braço.
_Não é assim, vamos conversar.
_Conversar? Conversar sobre o que? Tudo que você queria, já foi resolvido aqui. Agora você pode me soltar? -O olhei com desprezo.
_Eu te amo.
_Eu não acredito em você.
_Mas eu te amo.
_Ok, quantas vezes e pra quantas disse isso?
_Você sabe pra quem eu já disse isso, eu não minto pra você.
_O seu "eu te amo" parece uma mentira pra mim. 
_Preste atenção, se você quer algo sério comigo, é só dizer. Eu posso te dar tudo o que você quiser.
_Eu não vou ficar me humilhando, não pra você.
_Por que está sendo assim, tão ignorante?
_Nada que você não mereça.
Ele respirou fundo, apertou ainda mais o meu braço e me puxou para o quarto dele.
_Quando você vai entender que na minha vida, você é o foco? -Me sentou na cama ficando em pé.
_Quando você dar prioridade.
_Mais? Olha, não é pra ofender, mas você é a mulher mais complicada que já passou pela minha vida. -Suspirei, qual o problema dele? - Ok.
Assim que "terminamos", sai do quarto dele e fui dormir.
Acordei no meio da noite ouvindo Harry me chamar de seu quarto. No começo hesitei, mas logo me levantei e fui.
_O que? -Apareci em sua porta.
_Pode me fazer um favor? Pegue um remédio para mim.
_Remédio pra que?
_Qualquer um, apenas quero que essa dor de cabeça suma.
_Então é pra dor de cabeça. -Revirei os olhos e fui buscar.
Eu estava tão cansada quanto nos dias normais. Depois de forçá-lo a tomar os medicamentos, me sentei na lateral de sua cama.
_Me desculpe te acordar. -Disse com a voz fraca.
_Tudo bem. -Sorri fraco e olhei pro outro lado.
_Posso te pedir uma coisa? -Me olhou profundo, seus olhos brilhavam intensamente.
_Ok.
_Não desiste de mim, por favor. -Segurou uma das minhas mãos.- Eu sei que eu sou um idiota, mas vai valer a pena, eu prometo. -Pensei.
_Vou dormir.
_Fica aqui comigo?
_Você sabe que isso não vai acontecer, não é?
_Eu só estou tentando uma reconciliação.
_Não funcionou.
Enquanto eu o olhava, ele se levantou da cama com uma mão na cabeça e saiu do quarto. Eu o acompanhei e acabou que ele se deitou em minha cama.
_Já vivi essa história antes... -Revirei os olhos.
_Boa noite. -Apagou o abajur e se virou para o lado.
Vi que não haveria meios de o tirar de lá, então eu me deitei longe e do lado oposto ao dele pra dormir em paz, mas eu sentia ele se aproximar aos poucos. Eu não disse nada, apenas fiquei para o meu devido lugar.

Acordei e o sol ainda não raiava, olhei para o lado e ele dormia tranquilamente. Olhei para o relógio que havia no meu quarto e vi que ainda eram quatro da manhã.

_Qual é o meu problema? Eu devia estar num sono profundo agora... -Cochichei.

Harry se mexeu e eu o olhei acordar.

_Tive um pesadelo... -Me olhou estranho.

Como é que é? Será que eu senti que ele estava tendo um pesadelo e acordei? Ah, não seja tola... Foi coincidência.

_Está tudo bem? -O perguntei pouco atordoada.

_Sim, só achei desconfortável.

_An... Ok.

Fechei os meus olhos me virando para o outro lado, e senti ele se aproximar ligeiramente das minhas costas.

_Harry, o que está fazendo?

_Não posso mais te abraçar?
_Acho bom nem se atrever!
Ouvi ele soltar um suspiro e logo depois me abraçou.
_Eu disse não, será que você pode me respeitar ou isso é difícil pra você?
_Eu só quero ser amigável, ok?
_Ashley, vai ser amigável com a Ashley!
_Amor, para com isso vai. Ela é só um caso antigo...
_Não me interessa, você já relou a mão no corpo dela. -Forcei ele a tirar a mão de minha cintura.
É claro que o cheiro dele é suave e gostoso, o seu corpo macio e seu abraço transpassa segurança mas eu tinha princípios e iria continuar com eles. Percebi ele revirar os olhos e logo em seguida se virou para o outro lado soltando acidentalmente um: "Você não perde por esperar...".

Harry
Acordei no dia seguinte com trovões do lado de fora, maravilha. Saí da cama indo até a janela e vi que o céu estava escuro por conta das grandes nuvens pretas. Fui para a sacada e me sentei lá fora. Estava uma grande ventania, mas ali continuava o melhor lugar para pensar. Acidentalmente, me veio na mente o dia que nos conhecemos. Eu nunca diria que aquela garota antipática seria a mulher que eu escolheria de verdade. Minha mãe havia me mostrado uma foto dela antes de eu vir pra cá, mas na foto ela havia quatorze anos e usava aparelho. O tempo passa, as pessoas mudam. 

_Está maluco? -Vi (SeuNome) sair na sacada. -Você vai ser levado por esse vento. 

_Acho que não. -Ri fraco.- Venha aqui.

_Não, eu não quero cair desse prédio se o vento me levar. -Ri um pouco mais alto.
Ela se aproximou um pouco já se encolhendo por conta do vento gélido. Ela se sentou na cadeira ao lado e ficou olhando a paisagem.
_Continua brava? -A olhei.
_Eu não estava brava, ok?
_Só um pouquinho talvez. -Olhei para baixo e ela riu fraco.
Ficamos um tempo ali até que a chuva começou e ela a surtar pois as gotas eram ainda mais frias que o vento. Ela se levantou rapidamente e correu em direção a porta, mas eu a segurei.
_Harry, não é engraçado. Me solta, eu estou congelando! -Tentou se soltar.
_Espere um pouco, vamos conversar. -A segurei firme fechando a porta da sacada.
_Vamos conversar lá dentro!
A ignorei completamente e continuei falando:
_Você sabe que dessa vez eu não tive culpa de absolutamente nada, você quem deu um surto por causa da Ashley.
_Não, eu não gostei de ser ignorada! -Me olhou com os olhos cerrados.
_Você estava morrendo de ciúmes!
_Não é ciúmes! -Se irritou de uma forma engraçada.
_Claro que é. -Ri observando aquela cara emburrada que ela portava.
_Olha aqui, mesmo se fosse não passaria nem perto daqueles surtos que você dava quando eu chegava perto de Chris. -Cruzei os braços.- Se bem que até hoje é capaz de fazer!
_Eu não estava com ciúmes, eu apenas fui realista pra me irritar pois você estava fingindo.
_Péssima desculpa, seu mentiroso! -Apontou o dedo no meu rosto rindo.
_Por que está rindo? -A olhei incrédulo.
_Nada, olha eu vou entrar.
_Nem pensar, você vai ficar aqui até se desculpar.
_Vai crente, você quem tem que me pedir desculpa. Vai se ajoelha. -Me olhou zombando.
Abri pouco a porta, peguei a chave do lado de dentro e fechei trancando pelo lado de fora.
_Acha que eu estou brincando? -A olhei.
_Querido, eu só quero entrar.
Ri, sentei em uma das cadeiras e fiquei.
_Harry, estou ficando encharcada!
_Peça desculpas!
_Pelo que?! -Gritou indignada.- Eu não fiz merda nenhuma!
_Você me ofendeu.
_Eu te xingo o tempo inteiro e só agora você se ofende?!
_Vai ficar congelando ai se continuar falando assim... -Fechei os olhos me encostando na cadeira.
Ela me olhou.
_Me desculpe. -Olhou pra cima bufando.
_Não valeu, quero que olhe nos meus olhos e diga isso. -Me levantei me aproximando dela.
_Não vou dizer isso de novo! -Implicou abraçando o próprio corpo de frio.
_Sim, você vai. -Segurei seus braços gentilmente.
Ela se assustou com o meu toque.
_Como consegue continuar com as mãos quentes nesse frio?
_Peça... -Insisti.
_Você já está forçando a barra.
_Você não foi sincera.
_Porque não sou eu quem tenho que me desculpar! -Gritou sem paciência.
Continuei olhando profundamente em seus olhos, eu estava afim de testá-la.
_Harry, pode ir parando com esses olhares... -Me avisou.- É serio. -Permaneci firme.- Ok, me desculpe! -Me olhou brava porém sincera.
_Gosto assim. -Sorri.
_Posso entrar agora?
_Claro.
Destranquei a porta e a observei entrar correndo.

SeuNome
Depois daquela brincadeira estupida de Harry, entrei e tomei um banho hiper mega quente. Logo quando saí, fiquei vagando pela internet sem assunto algum. No fim da tarde, recebi uma chamada de vídeo repentina de Elisa, uma tia que morava no Canadá. Logicamente atendi, eu sentia falta dela e dos meus primos.
"Olá querida!" -Sorriu me olhando.
_Oi tia. -Sorri.
Eu estava sozinha na sala.
"Como está indo? Fiquei sabendo que você está de namorado novo!"
_Namorado? -Ri.- Imagine, eu não tenho namorado.
"Mas sua mãe me disse que o seu colega..."
_Exatamente, ele é apenas um colega.
"Ah, achei que estavam em um romance."
_Não, ele é implicante demais comigo.
"Ah, ok... Mas ela também comentou que vocês já se beijaram. Essa você não pode negar pois foi na frente dela!"
_Uma palavrinha, aposta.
"Apostaram um beijo?"
_É uma confusão só, não dá pra entender.
"Então vocês realmente não têm nada?"
_Absolutamente nada. -Ri.
Antes de completarmos cinco minutos de conversa, ela se despediu com carinho. Logo que coloquei de lado o computador, olhei sem motivo para trás e o vi ali perto, observando.
_Oi. -Sorri me levantando.
_Que história é essa que nós não temos "absolutamente nada"?
_Você sabe que é verdade...
_Como você consegue dizer isso?
_Ei, ei! Espere, foi você quem disso ontem na festa! Direitos iguais!-O olhei brava.
_Não foi o que eu disse. Eu disse que somos amigos!
_Qual a diferença? Olha, quer saber, que se dane! -Bufei e andei.
_A diferença é que eu disse isso pra uma estranha qualquer sem valor sentimental, agora você disse isso pra um familiar! -Andou comigo.- Eles vão pensar que somos apenas colegas!
_Mas nós somos.
_Colegas não se beijam, colegas não dormem juntos e muito menos transam!
_Presta atenção, tia Elisa é uma fofoqueira. Ou seja, se eu dissesse um "a" a mais, ia virar historia com o alfabeto inteiro.
_A única vez que você me apresenta pra alguém que não é sua mãe diz que sou apenas um colega... -Passa as mãos no cabelo.
_O que você queria que eu fizesse? Eu não podia dizer que você era meu namorado, acorda Harry! Por que está tão incomodado?!
Ele me encarou silencioso. Parecia tentar se comunicar pelos meus olhos, ele queria dizer algo mas parecia não achar as palavras certas.
_Eu não sei, acho que eu não quero ser seu colega, ou apenas seu amigo. Isso me incomoda, me dói. -Me olhou.- Sabe, eu sinto que nós nunca daremos certo nessas condições. Não consigo me contentar com o posto de um amigo.
_Mas Harry, você sabe que nós não podemos passar disso.
_Pode apostar, as coisas vão mudar. -Respirou fundo e saiu.
Com certeza, aquilo confundiu todos os pensamentos concretos da minha mente. Mas eu sabia que ele tinha razão, "absolutamente nada" é algo bem significativo se você teve algo muito contrário disso. Eu o devia desculpas, com certeza. 

Depois de meia hora, fui até o quarto dele e o encontrei sentado em frente a janela pensando, ele observava a chuva forte. 

_Posso falar com você? -Entrei, mas ele nem se mexeu.- Harry, por favor. -Fui até ele ficando ao lado do mesmo, ele me olhou.- Me desculpe, ok? Eu deveria ter dito a ela, sinceramente eu não sei o que temos, mas eu devia ter dito. Eu prometo que você vai conhecer a minha família da maneira certa, eu te garanto. 

_Ok. 

_Não está feliz? -O olhei preocupada. 

Ele apenas deu ombros como se não soubesse responder. Sai dali eu diria bem arrasada, eu sei que ele não iria saltar de alegria, mas ele não moveu um músculo pra sorrir. Harry sorria por tanta coisa idiota e quando eu mais preciso do sorriso dele, ele não sorri. Sentei no sofá e fiquei. O céu já havia escurecido, então eu estava praticamente apenas com a luz da cozinha iluminando a sala e mais o abajur. Isso não durou muito tempo, já que a força acabou. Ainda sentada, encostei a cabeça no sofá soltando um "droga". Pensando no escuro, sorri repentinamente me lembrando do primeiro beijo que Harry me deu, havia sido numa situação como essa, no escuro. Enquanto eu pensava, ouvi os passos de Harry se aproximarem e ele sentou no outro sofá. Ficamos em silêncio, mas eu podia sentir ele me olhar, mesmo no escuro, eu sabia que ele podia me ver.
_(SeuNome)... -Me chamou baixo.
_Oi? -Dei atenção, mas ele simplesmente se calou permanentemente.- Harry?
Eu me levantei do sofá o procurando com as mãos. Assim que senti seu cheiro, tropecei em algo do chão caindo fortemente em cima dele.
_Caramba!

_Está tudo bem? -Senti sua respiração em meu queixo. Afinal, aonde eu estava apoiada?
_É, eu acho.
Enquanto eu envergonhada tentava me levantar, a campainha tocou e com dificuldade fui atender.
_Quem raios vem visitar alguém a essa hora com uma queda de energia. -Sussurrei privadamente antes de abrir a porta.- Dallas? -Vi seu rosto por conta do celular no qual ele mexia.
_Oi. -Se aproximou sorrindo e me deu um longo beijo na bochecha.
_Acho que não é uma boa hora... -Sorri amarelo.
_Eu estava vindo quando a queda de energia aconteceu, me desculpe.
Por uma educação imensa, o deixei entrar. Harry continuava sentado, mas quando viu Dallas, criou um olhar fuzilador que assustou até mesmo a mim.
_E aí? -Dallas o cumprimentou de longe.
Oi. -Harry cruzou os braços.
Com a pouquíssima quantidade de luz no local, eu ainda podia vê-los. Acredite, por mais que pareça, Dallas não é o tipo de cara provocador ou destruidor de relacionamentos. Ele é , aoengraçado na medida certa, da forma que eu gosto.
Ele se sentou no sofá e eu não sabia com quem sentar. Se eu sentasse com Harry, Dallas ficaria com um certo "ciúmes". Mas se eu sentasse com Dallas, o prédio desabaria apenas pelo olhar possessivo de Harry. Fiz um pequeno jogando mental de "uni-duni-tê" e acabei me sentando com Harry.
_Porque não sentou aqui comigo? -Dallas perguntou chateado.
_É que aqui é o meu sofá predileto. -Sorri amarelo.
_Mas meu bebê, eu quero que você deite no meu colo.
Ouvi Harry suspirar pesadamente, Dallas havia o provocado profundamente ao me chamar de bebê.
_Ah, eu estou um pouco chata hoje.
_Amor, eu consigo suportar você em qualquer tempo.
_Dallas, não estou legal. Só isso. -Disse assim que Harry pôs sua mão sobre minha coxa esquerda.
_E aquela história de "Dallas, eu te amo!"? Aonde foi parar senhorita? -Brincou.
Fechei forçadamente os olhos esperando o pior, pois assim que ele disse aquilo, Harry me olhou com uma expressão de "Que história é essa?".
_Acho que já vou dormir. -Me levantei rapidamente.
Por conta disso, ele foi embora. Assim que corri para o meu quarto, Harry resolveu me seguir?
_Você o ama? -Encostou no batente da porta.
_Como amigo.
_Você nunca se quer disse nem metade dessas três palavras pra mim... -Fiquei sem respostas, ele estava infelizmente certo.- Você solta essas palavras pra qualquer um? -Neguei.- E então por que nunca me disse tais palavras?
Olhei para baixo e ele apenas saiu do quarto, completamente decepcionado. O medo de perde-lo pela ausência de tais palavras me assustaram, eu não poderia ficar sem ele.

Continua...