"Imagine Liam Payne - Everything Changes From Now." - Part. 4

_Eu vou atrás dele, você merece ser feliz.
_Não Liam, por favor.
_Sim, eu vou. Olha, por mais que eu te ame como nunca me lembro de ter amado outra pessoa, não aceito a sua infelicidade. Se você ficar comigo, vai ser infeliz pois não vou ser presente. Ele vai estar aqui quando você precisar, eu não posso ser ele. Já fiz vocês sofrerem demais. Eu não apareci no aniversário do meu próprio filho (SeuNome)! Quando eu olho as fotos, vejo apenas ele, você e James soprando as velas. -Acabei soltando uma lágrima.
Fiz ela me soltar.
_Liam, eu deixei ele porque eu quero você. -Ela disse em meio ao choro.
Eu parei onde estava. Eu poderia virar, sorrir e festejar, mas eu lembrava de tudo aquilo que ela poderia passar por minha causa.
_Me desculpe, eu não posso mais. -Sorri fraco.- Eu não vou deixar você se enganar.
_NÃO! Olha aqui, você não vai me deixar. -Puxou o meu braço.- Liam, você me deu James. Você me deu a coisa mais preciosa da minha vida. Você pode me dizer que não é presente, mas eu não ligo. Você é o pai do meu filho, e independente de você querer ou não, você é o homem da minha vida. Nesses meses, eu consegui entender tudo. Quando James me disse pra te deixar me amar, eu não compreendi, mas agora eu entendo. Eu senti tanto medo de não dar certo, senti medo de você me deixar sozinha de novo que eu não quis te compreender. Liam, eu quero você. É você Liam.
_(SeuNome)...
_Liam, eu te amo de verdade.
_Eu não sou o suficiente pra você.

SeuNome
Ele disse aquilo e entrou no seu quarto. Eu fiquei ali, sem reação. A única coisa que eu sabia fazer era chorar.

Depois de semanas
Ele foi embora. Sim, ele se mudou. Naquele mesmo dia, ele saiu de casa. James não aceitou aquilo bem, tanto é que chorou o dia inteiro, mas nem aquilo fez Liam mudar de idéia.
_Mamãe, estou com fome. -Ele me disse.
_Vou preparar o café.
Fui até a cozinha.
_Ele vai voltar? -Me perguntou triste.
_Eu não sei.
_Eu te ouço chorar toda noite. -Ele disse me surpreendendo.
_Eu o amo James. -Eu disse sorrindo fraco.
Jane estava passando as férias conosco, estava dormindo aqui. Ela chegou feliz, eu não havia compreendido o porque.
_Você vai concertar isso, vai arrumar toda essa história.
_O que?
_Você ama Liam, ele te ama. Vocês têm um filho lindo. Como é que pode acabar assim?
_Isso não é um conto de fadas Jane, a vida é sempre assim.
_Porque você a faz assim. Você quer que as coisas se ajeitem assim?
_Jane, acabou. Ele não me ama mais e eu estou sofrendo pois percebi tarde.
_"Não ama mais"? Você realmente acha que o amor acaba? Isso não é paixão, é AMOR!
_E o que você pretende Jane? Fazer uma festa? -Perguntei irônica.
_Bom, quase isso... -Sorriu.

Liam
_O que está acontecendo comigo? -Me perguntei quando pela terceira vez, errei a nota da música.
_(SeuNomeCompleto), isso que está acontecendo. -Austin me disse.
Ele estava me ajudando a ensaiar a nova música.
_Austin, não quero falar sobre ela agora.
_Está escrito na sua testa que você está pensando nela. O seus olhos estão previsíveis demais.
_Austin, eu não quero magoá-la.
_E você acha que ela está saltitando por você a deixar?
_Eu não a deixei.
_É, você deixou James também.
_Eu quero ela feliz.
Ele parou e ficou pensando por um tempo.
_Vamos sair?
_Não estou no clima. -Neguei.
_É só uma festa, quem sabe você não se esquece da briga?
Neguei no começo, mas depois de pensar bem, resolvi. Austin havia saído agora pouco e já queria sair novamente, fogo.
Chegamos em um lugar agitado. Era escuro, luzes, bebidas. Austin tentou me distrair, me fazer beber, dançar, mas eu não sentia vontade. 
_Eu realmente não estou no clima. -Eu disse tentando o convencer.
_Ok, vamos ao banheiro e depois vamos pra casa.
Eu analisava aquela frase cuidadosamente. Austin nunca me pediu o acompanhar até o banheiro, as mulheres fazem isso, não nós.
Andávamos em um corredor escuro que Austin parecia conhecer muito bem já que andava com facilidade.
_Chegamos. -Ele sorriu.
Olhei para a porta apenas o esperando entrar.
_Pode ir.
_Você quem quer ir no banheiro.
_Liam, entre logo. -Me empurrou.
Havia algo errado. Ele me empurrou, fechou a porta e a trancou.
_Você é um idiota. Abra essa porta! -Dei um soco na porta.
Ele apenas riu e disse: "Boa sorte". Aquilo não era um banheiro, era um cômodo vazio. Bufei e olhei para os lados. Eu vi ela.
_Liam? -Ela disse assustada e surpresa.
_Oi, o que faz aqui? -Eu disse sem graça.
Eu já havia entendido tudo.
_Jane me trancou aqui há uma hora e meia.
_Bom, Austin me trancou agora. -Sorri fraco.
Sentamos no chão, um em cada canto e paramos de ter um contato verbal.

SeuNome
Jane, inventou de me trazer em uma festa na casa de Lawrence, um amigo. James ficou na casa de um amigo dele, o que eu não acho certo. Me sinto mal de deixar meu filho com os outros e sair pra me divertir. Agora, estou morrendo de vergonha com Liam aqui, sentado na minha frente me evitando. Todas as vezes que eu o olhava, ele desviava e encarava o chão.
_Liam? -O chamei baixo.
_Diga. -Ainda evitava me olhar.
_Eu só quero dizer pra esquecer tudo aquilo. Não por mim, mas por James. -Ele não respondia, apenas encarava o chão, o que me doía profundamente.- Ok.
Não estava ok. Eu queria sumir dali se fosse possível. Liam era realmente importante, era um pouco imaturo da sua parte, mas ele tinha razão. Passamos mais horas e horas ali, quando Jane me ligou.

Me tira daqui Jane. -Minha voz estava trêmula, eu estava segurando o choro por três horas.
Que voz é essa? O que foi (SeuNome)?
Jane, me tira daqui! Eu não aguento mais. -Cochichei quase chorando.
Está sendo tão ruim assim?
Ele nem olha pra mim Jane, ele me odeia. Por que fizeram isso comigo?
Só queríamos resolver tudo isso, desculpe.
Eu não posso mais Jane, me tira daqui. Eu já tenho lembranças ruins demais. -Respirei fundo e desliguei.

Olhei para ele e o mesmo me encarou pela primeira vez desde três horas atrás.
_É assim que você se sente quando estou por perto? -Perguntou sério.
Eu não sabia o que lhe responder. Ele poderia interpretar errado e eu não tinha argumentos convincentes.
_Eu só quero evitar mais problemas. -Disse rouca por culpa do nervosismo.
_O que seriam problemas pra você?
_Tudo, eu torno tudo em problemas. Não faz mais diferença.
_Não faz? -Ergueu uma das sobrancelhas.
Droga, ele interpretou errado. Lá estava eu, sem palavras, sem argumentos. Por mais que eles surgissem, eu não conseguia dizê-los. Ele apenas disse: "Ok" e voltou a abaixar a cabeça.
_Você me deixa sem argumentos Liam. -Eu disse brava.
_Se você está procurando argumentos, é porque não tem um.
_Não? É claro que eu tenho, só não quero que você os interprete mal!
_Claro. -Ironizou.
_Eu já entendi a sua jogada Liam, acha que sou burra? -Me levantei do chão.
Ele me acompanhou se levantando com um olhar desafiador.
_E qual é a minha jogada, (SeuNome)?
_Você sabe. Está tentando me fazer te chatear profundamente, está esperando que eu me exalte e te xingue de todos os nomes possíveis. Sabe por que?
_Por que? Me diga. -Cruzou os braços.
_Porque quer ter um motivo pra me odiar. Um motivo verdadeiro pra me esquecer.
Ele parou e ficou me olhando sério. Ele não dizia nada, apenas não imaginava como eu tinha adivinhado.
_É difícil esconder algo de alguém que te conhece há anos não é? Alguém que conhece todos os seus pontos de fraqueza. -Falei cruzando os braços.
_Igualmente.
_Exato, igualmente. Da mesma forma que eu te conheço, você me conhece e sabe que eu não sei brincar.
_Não sabe? -Riu cínico.- Não é o que os seus prontos fracos dizem. -Andou lentamente até onde eu me encontrava.- Você se acha esperta.
_Você sabe que eu sou.
_As batidas do seu coração são altas, não?
_Estou ouvindo as suas desde que se levantou dali.
_Parece que ambos estamos sentindo algo forte.
_É, parece. -Concordei.
Ambos estávamos nos encarando firmemente apenas esperando que um de nós cedesse.
_Eu senti a sua falta. -Dissemos juntos.
Nós dois sorrimos e nos aproximamos para um abraço. Durante o abraço, abriram a porta e eu agradeci mentalmente. Soltei Liam, sorri e sai. Por mais que eu não quisesse, eu não era boba e sabia que aquilo era momentâneo. Ele não falaria mais comigo.
Quando busquei James no vizinho antes de entrar em casa, ele ficou me fazendo mil perguntas sobre por que eu queria me mudar de novo. Sobre isso, eu havia procurado uma boa e pequena casa que estava me parecendo confortável ficar. Nos mudaríamos pra lá em dois dias.
_Se a sua preocupação for amigos, eu te trago para brincar com, Noah ok?
_Mamãe, você é a minha preocupação. Quer sair daqui porque tudo tem o cheiro do papai.
_Talvez. Vamos entrar. -Falei rápido.
_Mamãe, se lembra daquele final de semana que você disse que eu deveria passar na casa do papai?
_Sim, mas só depois que nos mudarmos ok?
No dia da mudança, com certeza foi o dia da dor de cabeça. Tantas coisas para transportar, comprar, mas enfim terminamos e logo descansamos na nossa casa.
_Liguei para o papai, e amanhã você vai pra lá.
_Legal! -Ele sorriu.
_Você vai ficar da sexta à tarde até o domingo à noite.
No dia seguinte, depois da creche, James foi para a casa de Liam e eu fiquei em casa sem assunto. A casa sem James é tão chata. Bem que poderíamos ter um cachorro, sei lá. Albert, aquele rato que Liam deu a James morreu porque Jane o entupiu de comida. Obviamente não contei pra James, e ele nem se lembra daquele roedor maligno. Estava anoitecendo e eu estava ali, no sofá olhando para o teto.
_O que eu posso fazer? -Pensei.- Que tal sair pra passear? Pode ser.
Peguei o meu casaco e fui passear a pé pela cidade. Eu sentia o frio batendo sobre meu rosto, mas continuava andando. Passei em frente a uma loja de eletrônicos e entrei, tive uma idéia e comprei algo.

Liam
Eu e James estávamos deitados no sofá. Por um grande acaso, uma dúvida veio em minha mente.
_Filho, qual é o seu nome inteiro.
_James (SeuSobrenome).
_Ok. -Sorri fraco.
Quando ele dormiu, não hesitei em ligar pra (SeuNome).

Alô? -Ela atendeu ofegante, o que me deixou apreensivo.
O que você está fazendo? -Me preocupei com meus pensamentos de perversão.
Nada, o que você quer?
Precisamos conversar, você pode vir aqui?
Agora? Mas eu estou... deixa pra lá, eu vou tomar um banho e vou pra aí.
Ok. -Desconfiei.

Ela desligou antes e eu fiquei tentando imaginar na merda que ela deve ter feito. Passei uma hora a esperando quando a campainha tocou. Ela entrou e se sentou no sofá, estava cheirosa.
_Você demorou. -Ressaltei.
_É, eu sei. Mas o que você quer?
_Quero falar sobre a certidão de nascimento do meu filho. -Me sentei ao seu lado.
_Eu não acho que isso seja uma boa idéia. -Ela ficou apreensiva.
_Quem está constatado como o pai?
_Não é você, a mulher riria da minha cara se eu dissesse que o pai do meu filho.
_Só me diga que não colocou o nome de outra pessoa.
_Não, isso é crime. Eu tive que inventar uma desculpa ridícula dizendo que eu peguei vários caras em uma noite e não fazia idéia de quem era o pai.
_E o que a gente faz agora?
_Como assim? Você quer por o seu nome?
_É, eu quero. -Disse decidido.
_Isso vai envolver milhares de processos e um exame de DNA, mas tudo bem. -Sorriu.
_Ótimo. -Olhei para baixo e respirei fundo sem assunto.
_James já está dormindo?
_É.
_Posso vê-lo? Você sabe, coração de mãe não tem jeito. -Riu fraco.
_Claro.
Me levantei e ela me seguiu até o quarto dele. Parou na porta e ficou o observando de longe. Ela sorria e seus olhos brilhavam. Para a sinceridade, eu podia dizer que por mais que tentasse, ela continuava sendo a minha princesinha e eu não conseguia ficar bravo com ela.
_Ele é tão lindo. -Cochichou.- Não digo apenas por ser meu filho, mas ele é realmente lindo.
_Ele tem bastante de você. -Abaixei a cabeça.
_De mim? Liam, ele é você numa versão menor.
_Mas ele é prestativo como você, teimoso como você, comilão como você, companheiro como você e sempre está certo, como você.
_Vendo assim as coisas mudam.
_Por mais que você ache que ele não se aparente com você, você continua linda.
_Obrigada. -Sorriu sem jeito.
Droga!
Quando ela estava indo para a casa, a perguntei:
_O que estava fazendo? Sabe, porque eu estranhei você ofegante no telefone. -Me envergonhei da minha própria fala.
_Ah, não conte pra James, mas eu comprei um XBox.
_Ah! -Ri.
_Você e a sua mente... -Riu.
Ignore, ignore!
_Me desculpe.
_Não tudo bem. -Sorriu me olhando profundamente nos olhos.
Se acalme!
_Não, me desculpe por tudo. -Me referi a nossa situação.
_Ah, por mim tudo bem. -Pareceu sincera.- Bom, eu já vou. -Sorriu.
Ela foi embora e eu apenas a observei.
Quase Liam! Parabéns, você conseguiu!
Para ficar mais claro, todas as vezes que ela sorria, eu quase perdia o auto controle para beijá-la. Por sorte, o meu pensamento até que me ajudou.

SeuNome
Quando fui para a casa, em momento algum deixei de pensar nos olhares desesperados de Liam todas as vezes que eu sorria.
No que ele estava pensando? Estava com uma expressão meio retardada. Eu mesma consegui notar porque era impossível não ver. As vezes acho que é bem arriscado deixar James com ele, imagine só meu filho desse jeito futuramente? Estarei perdida.
Cheguei em casa, novamente liguei o jogo. Era bem divertido poder relaxar jogando. Há tempos eu não jogava um bom jogo, isso bem antes de James nascer. Eu sempre prometi a ele que faria o possível pra comprar um vídeo game, e agora que as condições cresceram, pude finalmente realizar o sonho dele. James é o tipo perfeito de criança e eu agradeço a Deus porque já vi tantas crianças insuportáveis por aí... E ainda eu, mãe solteira pra criar uma criança assim, não daria certo, eu surtaria.
Quando me cansei de jogar, fui me deitar. No dia seguinte, acordei onze horas e já aproveitei para almoçar. Depois do almoço, resolvi fazer aquela minha caminhada. Como de costume, coloquei a roupa apropriada para aquilo. Sai de casa com meus fones e fui correr na rua principal onde no fim há uma praça. Quem sabe não posso levar James até lá um dia. As vezes sinto falta de quando ele era menor, se passou tão rápido. Parece que foi ontem quando o ensinei a andar, a falar, a ir ao banheiro... Crianças são espertas demais, quando você ensina algo, eles não dependem mais de você.
Bom, eu já estava na rua principal. Enquanto eu corria, ouvi uma grito muito alto e olhei em direção a rua, havia uma garota.
_Sophie!
Oh meu Deus!

Liam
_Papai, olhe! -Mostrou um desenho de um cavalo.
_Está mais bonito que o meu. -Mostrei um rabisco com palitinhos.
_Pode ficar melhor. -Riu.
_É o meu máximo, eu juro. -Ri.- O que acha de almoçarmos?
_Legal.
Enquanto íamos para a cozinha, senti meu celular vibrar.
Chamada desconhecida?

Liam?
Sim, quem é?
É a Jane. -Sua voz estava trêmula.
O que foi?
(SeuNome)...
O que aconteceu Jane? -Me preocupei ao extremo.
Liam, eu não sei ao certo. Ela foi atropelada por um cara, me ajuda. -Ouvi ela chorar.
Onde você está? -Segurei o choro.
No hospital central.

Desliguei o telefone apressado.
_O que aconteceu, papai? -James me olhou assustado.
_Precisamos ir até o hospital.
Ele não fez nenhuma pergunta, apenas foi comigo.
Logo que cheguei, vi Jane sentada e não parava de chorar.
_Tia Jane? -James a olhou e correu até ela.
_Ela está bem? -Me desesperei, eu estava me sentindo vazio, com uma dor enorme no peito.
_Eu não sei. -Se levantou limpando as lágrimas.- Me ligaram, eu fui até lá e vi ela deitada no meio da rua. Ela sangrava bastante e estava inconsciente. -Passou a mão no cabelo.- As pessoas disseram que ela e uma menina foram atropeladas juntas.
_Como assim?
_Eu não sei, elas simplesmente entraram na frente do carro. Liam, ela não faria isso. -Soluçou
_Se acalma. -A abracei.
Era em vão pedir aquilo, até porque eu estava prestes a explodir. Meus olhos estavam vermelhos e eu já havia soltado algumas lágrimas.
_Papai, o que está acontecendo? -James me olhou com medo.- Tia Jane, cadê a mamãe?
_Você não contou Liam? -Ela me perguntou e eu neguei.
_Cadê a mamãe? -James disse mais alto começando a chorar, ele sabia.- Tia Jane...
_James, a mamãe está bem. -Ela sorriu fraco.
_Ela está aqui, não está? -Ele soluçou.- Ela não está bem!
_James... -Me abaixei e o olhei.
_Papai, a mamãe precisa de mim. -Ele realmente estava mal, não parava de chorar.- Você está chorando, ela não está bem papai!
O peguei no colo já o abraçando forte.
_Vai ficar tudo bem. -Fechei fortemente os olhos, eu não tinha tanta certeza.
Enquanto estávamos sentados, uma moça vestida de branco nos chamou.
_Sim? -Nos levantamos e corremos até ela.
_Bom, que eu me lembre, Jane Hunter está como acompanhante, mas vocês estão junto.
_Sim. -Respondi.- Como ela está?
_Está bem. Perdeu uma quantidade significativa de sangue, mas está bem. Estamos tentando o máximo pra ajudá-la, ela é uma garota forte. Continua inconsciente, o que nos preocupa, mas por enquanto é só isso.
_Por que preocupa vocês ela não acordar? -Jane estranhou.
_Significa que algo de errado aconteceu com a pancada que ela levou quando entrou em contato com o chão. Se ela não acordar nas próximas três horas, há algo muito errado.
_Obrigado. -Agradeci.
Ela saiu e nos sentamos para esperar.

Cinco dias depois.
Abri meus olhos e olhei para ela. Eu estava dormindo naquela cadeira pela quarta noite. Ela estava praticamente entubada pelo braço inteiro, algumas partes do corpo se encontravam roxas, algumas vermelhas. Eu não voltei pra casa desde aquele dia, mal comi. Jane foi para casa com James e eu fiquei. A família toda dela já vieram vê-la, e eu continuo aqui. Nesses dias, senti a falta dela sorrindo e me olhando como sempre fazia, eu não aguentava mais. Os médicos já avisaram sobre a preocupação dela não acordar, era algo sério, mas ela já estava melhor. Confesso que havia existências de várias olheiras em mim por conta de choros e insônia, mas eu não me importava.
_Bom dia, Liam. -Joyce, a médica entrou.
_Oi. -Sorri fraco.
_Talvez hoje, teremos que transferí-la para outro quarto.
_Ela vai acordar.
_Isso é uma hipótese.
_Eu sei que ela vai. -Me levantei.
_Eu entendo, mas...
_Não, você não entende! Você não passou essas noites pensando nela!
_Se acalme. -Ela me pediu.
_Me desculpe.
_Liam...
_O que aconteceu pra ela estar assim? -Perguntei, ninguém queria me dizer, todos saibam.
_Eu recebi ordens.
_Por favor...
_Ok.
Ela me pediu para a seguir. Fomos até a ala infantil. Joyce abriu a porta e eu vi uma criança dormindo, ela tinha algumas fraturas na testa e outras no braço esquerdo, que eram mais graves.
_Por que me trouxe aqui? -Disse confuso.
_O nome dela é Sophie. Ela é uma criança órfã de dois anos.
_Ok, não entendi.
_A governanta dela se distraiu e ela atravessou a rua, mas (SeuNome) a puxou e acabou entrando na frente do carro que ia a acertar. -Me surpreendi.
Eu não sabia o que dizer, apenas olhei para a menina e voltei para o quarto de (SeuNome) pensativo. Cheguei e a encontrei no mesmo estado. Fui pra mais perto e passei a mão carinhosamente em seu rosto. Me veio uma música em mente, o que já me fez começar a cantar.

Don't try to make me stay,
(Não tente me fazer ficar),
Or ask if I'm okay,
(Ou me perguntar se estou bem),
I don't have the answer.
(Eu não tenho a resposta).
Don't make me stay the night,
(Não me faça ficar a noite),
Or ask if I'm alright,
(Ou me perguntar se está tudo bem),
I don't have the answer.
(Eu não tenho a resposta).
Heartache doesn't last forever,
(Dor no coração não dura para sempre),
I'll say I'm fine,
(Eu direi que estou bem),
Midnight ain't no time for laughing,
(Meia-noite não é hora para rir),
When you say goodbye.
(Quando você disser adeus).

Sorri fraco e resolvi beber um pouco de água.

SeuNome
Acordei com o corpo completamente dolorido. Olhei para meus braços cheios de tubinhos e me lembrei do porque estava ali. Depois de ouvir aquele grito, vi um carro na direção de Sophie. Ela era uma criança pequena, mal dava pra vê-la. Corri e vi que daria pra pegá-la. Quando a puxei, o meu corpo foi para a direção contrária e senti um baque absurdamente forte contra a minha cintura me lançando a metros do outro lado da rua com Sophie no colo. Enquanto eu estava no ar, pude colocar Sophie por cima de mim pra evitar cair em cima da mesma, e logo que bati no chão sentindo minha cabeça rodear, fiquei apenas segundos acordada e logo apaguei. Como será que está Sophie?
Olhei para os lados e não vi ninguém. Tive um leve sonho de Liam. Ele cantava uma música para mim, era linda. Principalmente com sua voz.
Ouvi a massaneta da porta e olhei brevemente a porta e vi ele ali. Estava meio cabisbaixo com olheiras e parecia cansado.
_Liam? -Minha voz saiu rouca.
_Oh meu Deus! -Ele deu um sorriso gigantesco ao me observar.- Você está acordada!
_É, eu sei. Por que a surpresa?
_Você está em coma há cinco dias.
_Credo! -Me assustei.
_É, você me matou de susto. -Chegou mais perto.- Eu quero te dar um abraço bem forte, mas eu não posso. -Se referiu aos tubos idiotas.
_Ela está bem?
_Sophie? Sim. Você é maluca?
_Não foi como eu esperava, era pra ter dado certo.
_Eu quase te pedi. James quase te perdeu.
_Eu não iria deixar uma menina ser atropelada, poderia ser pior. Está tudo bem agora.
_É. -Sorriu.
_Por que essas olheiras aí?
_An... eu chorei. -Disse um pouco envergonhado.
_E onde está o meu filho?
_Com Jane. -Sorri.- Olha, eu vou chamar Joyce.
_Quem? -Estranhei.
_A médica. 
_Ah, ok. -Ri.
Ele sumiu por um tempo, e logo voltou com a médica. Eu não sabia que podiam entrar tantas pessoas no quarto.
_Fico feliz que tenha acordado. Liam ficou muito mal durante esse tempo.
_Ah é? -Olhei para ele.
Ele sorriu bobo e envergonhado.
A médica pediu que ele saísse para fazer alguns exames.
_Você e Liam são casados? Namorados ou algo assim?
_Ah, não só temos um filho.
_Ele não foi embora desde que você deu entrada aqui.
_Como?
_Ele ficou aqui com você o tempo inteiro, chorou o tempo todo. Eu achei até bonito de vê-lo aqui.
Sorri e fiquei pensando em tudo aquilo.
Mais tarde, advinha quem veio me visitar? Karen, mãe de Liam!
_Tia Karen, que saudades! -Me animei, porém com a voz fraca.
_Senti tanta sua falta. -Sorriu.- Conheci meu neto, ele é a coisa mais linda do mundo. Estou feliz que você esteja bem, muito feliz.
_Também senti.
Depois que ela saiu, fui descansar.
Tive alta depois de uma semana e alguns dias. Eu estava em repouso e Liam insistiu em ficar na minha casa durante esse tempo. Liam estava bem estranho comigo nesses dias, estava carinhoso além do normal.
_Liam, por que está me olhando?
_Oi?
_Não se faça de tonto, você está me olhando há mais de quinze minutos.
_Eu?
_Liam!
_Me desculpe, é que... bom...
_É que...?

Continua...

4 comentários:

Eu fico feliz quando vejo os comentários de vocês, isso me inspira! As vezes eu fico desanimada pra escrever porque parece que ninguém está lendo ou acompanhando as histórias. Então comente, eu realmente me importo com seus comentários! Obrigada :)x.