"Imagine Harry Styles - Meu Parceiro de Apartamento" Part. 6 - Amigos de Infância.

SeuNome
No final da festa da mamãe, conheci uma garota chamada Ella. Ela tinha lindos olhos verdes que eu já me lembro de ter visto, mas eu realmente não a conhecia. Tínhamos a mesma idade e hoje mais cedo, ela insistiu que eu a acompanhasse em uma festa com seu irmão, que para deixar claro, eu não sabia quem era. Harry já havia saído quando peguei um táxi direto para a festa. Chegando ao local, percebi ser uma boate e ela me esperava na frente.
_Vamos, meu irmão já está lá dentro. -Ela me arrastou pra dentro.
_Eu não entendo Ella, como você e seu irmão têm a mesma idade?
_Somos gêmeos (SeuNome).
_Ah, ok.
Nos sentamos em uma mesa quando o garoto chegou.
_(SeuNome)? -Ele me perguntou.
Olhei em seus olhos e reconheci aquelas íris.
_Dallas? Dallas Thompson?
_Sim, como vai? -Me abraçou.
_Ótima. -Sorri.
Éramos colegas da oitava série, na aula de química.
_Não vejo você desde que quase explodiu o laboratório da professora Elisa. -Riu.
_Bons tempos. -Ri junto a ele.
_Você mudou bastante. -Olhou disfarçadamente de cima a baixo em mim.
_Você também. Você era mais baixo que eu.
_Eu disse que iria crescer. -Disse com ar de superioridade.
Eu ri e continuamos a conversar.
_Vocês são tediantes, vou beber. -Ella se levantou e sumiu.
_Você nunca me disse que era gêmeo, Dallas.
_Mencionei isso quando a professora começou a falar sobre sexualidade, não se lembra?
_Não. -Ri.
_Você nunca foi o tipo de aluna que escutava muito as coisas.
_Ainda não sou.
_Maravilha.
Ficamos quietos por um tempo.
_Quer dançar?
_Eu não sei dançar esse tipo de musica.
_É só se mexer conforme o ritmo. As pessoas dançam muito mal aqui, ninguém vai te notar a não ser que seja profissional de dança.
_Não, obrigada. 
_Ok, quer beber?
_Da última vez, quase fui pra cama com um desconhecido.
_Eu não sou um desconhecido, não vai ter problemas dessa vez. -Brincou.
_Então vamos beber. -Entrei na onda.
Fomos para o bar e pedimos uma porção de bebidas. Dallas sempre foi um cara descontraído e divertido.
_Seus olhos não mudaram nada. -Eu o disse.
_Os seus também não. -Sorriu.
Eu estava prestes a pedir outra bebida, quando alguém entra entre eu e Dallas pra pedir.
_Ei, eu estava na frente. -Cutuquei o cara.
_Me desculpe. -Se virou. Merda Harry! - O que faz aqui? Achei que ia em mais um daqueles jantares chatos.
_Eu disse que iria sair.
_Veio sozinha?
_Vim com Ella, uma amiga e Dallas, um amigo de infância. -Apontei.
_Oi. -Sorriu fraco pra Dallas.
_Oi. -Ele respondeu.
_O que estavam fazendo?
_Conversando. -Respondi.
_Sobre o que?
_Coisas aleatórias.
_Já falaram algo sobre sexo? -Não, ele não estava brincando.
_Levemente.
_Então parem, não quero você na cama de ninguém. Estou de olho em você. -Saiu.
_O que foi isso? Namorado? -Ele riu.
_Não, é um amigo.
_Legal. Você não quer mesmo dançar?
_Tudo bem então. -Nos levantamos.
Fomos até a pista lotada e começamos a dançar conforme o ritmo como ele dizia. Enquanto nos mexiamos, senti que alguém nos olhava. Claro Harry. Eu já sabia que ele estava sentado em uma das mesas com Jake e estava me observando.
_Ele é assim o tempo todo? -Percebeu Dallas?
_Vem piorando com o tempo. -Dei ombros.
_Não podemos ir pra um lugar mais reservado?
_O que sugere? O banheiro da boate? -Ironizei.
_Sua casa, pode ser?
_Eu e Harry moramos juntos, mas ele obviamente não vai para casa agora.
_Ótimo, então vamos?
_Claro.
Ella odiou a idéia de ter que ir pra casa, então fomos apenas os dois. Evitei que Harry me visse sair para não convencê-lo a ir cedo pra casa. Quando chegamos, nos sentamos no sofá e ele brincou com Sam.
_Me lembrei de uma coisa! -Me assustou.- Desculpe.
_Não, tudo bem. -Riu.- De que lembrou?
_Minha mãe, vai se casar com meu padrasto e eu estava pensando se você não gostaria de ser madrinha pra me acompanhar.
_Eu ficaria honrada, mas não é ela quem deve convidar?
_Ela só me pediu para arrumar alguém.
_Então pode ser. -Sorri.
Ele era um garoto perfeito, usava tons tão perfeitos em uma conversa que era bem impossível de recusar.
_Você está muito bonita, sério.
_Falando assim, parece que eu nunca fui aquela tonta rejeitada na escola.
_Pra mim, você já era bonita.
_Obrigada, mesmo.
Sorrimos um ao outro, eu estava tão boba que mal conseguia pensar em algo concreto pra dizer. Estávamos sorrindo um ao outro como idiotas. Ele olhou o relógio e iria dizer algo, mas a porta impediu. Harry impediu.
Não acredito!
_Oi! -Ele sorriu.
_Oi. -Eu disse desanimada.
_Como eu ia dizer, preciso buscar Ella senão meus pais me matam.
_Claro. -Me levantei indo até a porta com ele.
_Qualquer coisa, e só ligar. -Piscou se aproximando e me dando um beijo demorado no rosto.
_Ok. -Ele se foi.
Corei e fechei a porta sorrindo como uma lesada.
_O que foi isso? -Harry estava sentado no sofá me olhando.
_O que foi isso? Ele está lindo Harry! O meu amigo de infância gato está mais gato do que antes! Ele é muito fofo, muito sorridente, muito simpático, tudo de bom!
_O que? -Perguntou confuso.
_Dallas me disse que eu estava linda mesmo eu sendo aquela feia da escola, por favor, isso é fofo! -Me sentei ao seu lado.- Ele me convidou para o casamento da mãe dele, dá pra acreditar? Esse garoto é perfeito!
_Legal. -Ele reagiu.
Eu estava estranhando o seu comportamento, mas repentinamente me lembrei.
_Ah, me desculpe. Eu tinha esquecido. -Me senti culpada, lógico.
_Não tudo bem. -Sorriu fraco.
Quanto notou que estávamos sem assuntos, esse levantou e voltou para o quarto batendo a porta. Respirei fundo e fechei os olhos, eu havia pisado na bola com certeza. A minha vida estava completamente uma confusão. Arrumava um lado e bagunçava outro. Fiquei ali pensando, como concertaria aquela baboseira. Olhei para os lados e resolvi me deitar. Demorei um pouco a dormir pelos confusos pensamentos, mas consegui.
Acordei no meio da noite, o que já está virando rotina. Mas a questão é que não acordei por acordar, eu havia tido um sonho horrível do qual sinistramente não me lembrava. Me levantei e fui para a sacada. Sam, por sensibilidade acordou, mas logo se deitou e dormiu. Eu estava sentada na cadeira com Sam no colo e vi as luzes da cidade. Os carros não param nem a essa hora da noite. Eu pensava em voltar para o quarto e dormir, mas eu temia algo como se fosse uma criança de três anos e o terrível monstro embaixo da cama. O sono exalava pois meus olhos pesavam, mas eu não conseguia nem pensar em voltar para a cama. Sem muitas opções, me deitei no sofá com Sam e acabei dormindo.

Harry
Durante a festa, eu não me sentia em paz enquanto a via com aquele cara. Pelo que eu soube, são amigos de infância, o que o torna oficialmente uma ameaça pra mim. Depois de conversarmos em casa logo depois dele ir embora, me senti ainda mais abalado quando ela demonstrou interesse pelo seu porte físico. Dallas era o nome do sujeito, eu mal o conhecia mas com certeza já odiava. Nem Chris conseguiu tanto o meu ódio quanto ele está conseguindo agora sem esforço algum. Me levantei durante a noite para ir até o banheiro, como praticamente sempre faço. Depois de cumprir com as minhas necessidades, senti algo forte no meu peito me atrapalhar de entrar em meu quarto. Sem pensar, fui até o quarto dela e não a vi deitada na cama. Onde ela está? Olhei em volta do quarto, mas nada. Fui até a cozinha, nada. Banheiro, nada pois antes eu estava lá. Quando a idéia de que ela havia ido dormir fora começou a penetrar e apavorar minha mente, eu a vi encolhida no sofá com Sam. Por que ela está aqui? Agachei perto do sofá e resolvi a chamar:
_(SeuNome)? -A balancei.
Ela demorou, resmungou um pouco e abriu os olhos.
_O que foi? -Disse com os olhos semiabertos.
_É horrível dormir nesse sofá, está maluca? -Me indignei.- Vem, vamos pra cama. -A peguei no colo.
_NÃO! -Gritou.- Por favor, não me leve pra lá!
_Por que? Qual é o problema? -Parei no corredor.
_É sério, não me leva pra lá. Não vou dormir no meu quarto! -Parecia estar muito desesperada.
_Ok, mas você não vai dormir no sofá. -Continuei andando.
Eu não podia entender aquele desespero dela, era infantil, mas parecia real. Fui para o meu quarto e a deitei em minha cama.
_Harry, não precisa. -Ela ia se levantar.
_Não, eu quero. -Falei a segurando.- Pode ficar aí com Sam. -Apontei para o pequeno em cima da cama.
_E você vai ficar onde? -Se sentou.
_No sofá.
_Mas você me disse que era horrível dormir lá, fique aqui. Eu já estava dormindo lá.
_Não. -Peguei um travesseiro e um cobertor.
_Então fique aqui comigo. -Disse enquanto eu saía do quarto.
_Não vou correr o risco de ser insultado ou empurrado amanhã de manhã.
_Não, eu quero. -Parei na porta e me virei.
_O que?
_Eu quero. Vem, por favor. Prometo que vou me comportar bem.
_Tem certeza? -Desconfiei.
_Absoluta.
Voltei pra perto da cama, e me deitei. O mais estranho disso tudo, é que eu quem devia estar prometendo me comportar bem. Eu estava deitado pra cima observando o teto e eu percebia que ela me olhava. Eu nunca imaginei que um dia ele iria querer que eu dormisse com ela, da outra vez não contou, ela estava sob efeito alcoólico. Talvez dessa vez tenha sido por pena, mas pra mim já significava algo.
_O que está olhando? -Perguntei ainda virado pra cima, sorri.
_Você tem um rosto bonito. -Sorriu.
_Obrigado.
_Harry, eu já te contei sobre a sua voz?
_O que? Não. -Me virei pra ela.
_Você sempre me perguntou o que havia de errado com ela, certo?
_Certo. -Me interessei.
_A resposta é: nada. A verdade é que eu sempre a achei bonita e seduzente. Não sei porque estou dizendo isso, mas você tem a voz mais sexy que eu já ouvi na vida.
_Obrigado. -Ri novamente, nunca a imaginei dizendo aquilo.
_De nada. -Sorriu.
_Você é a pessoa mais sexy que já vi na vida.
_Já é exagero. -Negou.- Angel é uma mulher sexy, eu sou uma garota normal.
_Não pra mim. Pra ser sexy, não precisa ter um corpo avantajado ou algo assim. Você precisa ter um bom olhar intimidador, um jeito misterioso, mordida de lábios casual, saber como beijar alguém e fazer aquele alguém simplesmente querer outro beijo.
_Isso não é ser sexy, Harry.
_Você quem pensa. Isso atrai muito alguém, pelo menos comigo funciona.
Ela riu e balançou a cabeça negativamente. Ela era uma graça, por mais que tivesse aquelas mesmas características, era uma graça. Sam, nos observava calado, apenas deitado. Estávamos os dois, pegando no sono quase ao mesmo tempo. Seria maravilhoso poder ver ela dormir todos os dias assim. A minha maior vontade era de poder ao menos tocá-la, mas eu não poderia esmagar Sam. Nós dois dormimos, infelizmente separados.
Quando acordei, estava claro e eu podia a sentir mais perto. Meus olhos continuavam fechados, e eu sentia ela passando as mãos em meu rosto.
_O que está fazendo? -Perguntei.
_Não sei, me deu vontade. -Riu.
Agora, de olhos abertos, eu podia a observar acariciando meu rosto, me olhando sonolenta e sorrindo bem fraco. Seus olhos eram lindos, o seu sorriso era perfeito. Sam estava latindo em algum lugar da casa, por isso estávamos tão próximos.
_Eu não consigo te compreender. Você poderia parar de fazer os meus sentimentos crescerem?
_Me desculpe, é inevitável. Sempre quis fazer isso.
Ela não parava, então a virei de costas pra mim a abraçando pela cintura. Ouvi um pequeno riso e ela colocou as mãos por cima da minha.
_O que estamos fazendo? -A perguntei.
_Não sei, mas eu estou gostando.
Ri, e sem querer, dormimos por mais um tempo.
Acordamos novamente com alguém falando.
_O que estão fazendo? -Vi Chris rindo na porta.- Safados.
_Ah não! -Ela se virou pra mim e se escondeu em meu peito.
_O que vocês fizeram? -Maliciou.
_Estamos vestidos. -Falei óbvio.
Antes de mais uma pergunta, ouvi mais passos em direção à meu quarto.
_Meu Deus, o que é isso? -Vi Angie.
_Vocês só aparecem nas piores horas. -Ela disse abafado, ainda estava se agarrando em mim.
_O que fazem aqui?
_Eu, pelo menos estou aqui pra avisar (SeuNome) sobre o trabalho.
_Que trabalho? -Ela infelizmente se desgrudou de mim para olhar.
_As técnicas fotográficas. Você tem que tirar fotos com as técnicas fotográficas que te ensinaram.
_Pra quando?
_Terça.
_Ok.
Ela estava virada de frente para mim, um pouco mais abaixo. Seu rosto estava de frente à meu pescoço, então ela abraçou meu tronco do jeito que estava e estranhamente eu corei.
_Está vermelho, Harry?
_O que faz aqui Angel? -Mudei de assunto.
_Vim ver vocês. Mas não se preocupem, estou de saída. -Riu e rapidamente foi pra casa.
_Bom, eu só ia avisar. -Chris riu e também foi embora.
Estávamos do mesmo jeito.
_Ainda está vermelho, Harry? -Ela perguntou baixo.
_Estou.
_Por que?
_Você me abraçou em frente à duas pessoas que tem vergonha.
_Sim, e me senti muito bem.
Depois de tempos, levantamos. Eu havia a perguntado o motivo do medo de seu próprio quarto, e ela me disse sobre um sonho ruim que não se lembrava. Disse que de dia, não tinha problemas com o quarto, mas a noite as coisas mudavam.  Ela foi para o quarto pegar as câmeras que tinha, que eram muitas, e treinou com alguns objetos.
_O que está fazendo? -Olhei para ela que fazia um selfie com Sam.
_Tirando uma foto com meu bebê.
_Por que?
_Não tenho ninguém pra ser meu modelo.
_Me sinto inútil.
_Ok, vem aqui. -Pediu sorrindo.
Fui e peguei Sam.
_O que quer que eu faça?
_Seja natural.
Não entendi, apenas sorri. Enquanto ela tirava fotos, eu brincava com Sam. O sorriso que ela esbanjava era lindo, eu me encantava com aquilo facilmente. Quando acabamos, ela se sentou na sala e eu a segui.
_Como ficaram as fotos?
_Boas, só acho que vou ter que editar algumas.
_Sabe, não tiramos uma foto juntos.
_Tem certeza?
_Absoluta.
Ela riu e foi pegar a câmera. Quando voltou, pegou Sam no colo e tiramos milhares de fotos. Tanto normais quanto aquelas fotos mais loucas. Voltamos a nos sentar no sofá e ficamos observando as imagens.
_Sua cara foi lambida por Sam nessa. -Ri apontando. 
_O que está dizendo? Você quase caiu nessa aqui! -Ela riu alto da minha expressão assustada da minha foto.
Nos enteolhamos e começamos a gargalhar.
_Acabamos formando uma família sem querer. -Eu disse.
_É, somos uma família. -Passou a mão em Sam.- Harry, sua mãe me contou.
_Contou? Contou o que? -Estranhei.
_Sobre Lola, sobre Lisa e sobre Sam.
Eu paralisei, faltou ar em meus pulmões. A olhei assustado, eu não sabia como reagir àquilo.
_C-como? -Gaguejei.
_Não precisa se assustar, é só um fato.
_Não é um fato, é praticamente todo o meu sentimento destruído. -Minha voz falhou.
_Tente esquecer o passado.
_É fácil dizer, você não perdeu sua namorada para o câncer.
_Harry, algumas coisas dão erradas na nossa vida, pra que futuramente venham as coisas certas.
_Me desculpe, eu só não gosto de me lembrar disso. Principalmente porque fui uma vez no psicólogo e ele disse que eu tinha um problema. Eu não tenho um problema.
_Eu sei. Olha, pode se abrir comigo. Você confia em mim, se lembra?
_Sim. -Sorri fraco.
Ela me puxou e me deixou em seu colo passando as mãos sobre meus cabelos.
_Como se sente?
_Esses anos todos, o meu maior e verdadeiro medo é sofrer daquela forma novamente. Parecia que o meu coração havia sido arrancado. O pior não era pensar que eu havia a perdido, o pior era que mesmo ela me traindo de todas as formas e jeitos, eu ainda a amava. Não conseguia parar de pensar que eu havia errado, que eu havia escolhido a pessoa errada pra dedicar a vida. Eu era um garoto que conseguia amar sem problemas, mas depois dela, só tive Lisa. Me lembro que ela havia me insultado por ainda nunca ter tido relações com outras garotas. Eu cortei o mal pela raiz, mas ela se revoltou e começou a me ofender publicamente. Isso aconteceu em apenas três meses depois da morte de Lola.
_Deve ter sido uma experiência traumática, mas eu ainda posso sentir que você sabe valorizar o amor.
_Nem tanto. Eu poderia muito bem te merecer, mas mesmo assim não consigo.
_Eu disse que éramos uma família, não disse? Nós cuidamos um do outro. Eu de você e você de mim. Independente de tudo, eu vou cuidar de você como você cuidou de mim.
_É por isso que eu te amo. -Sorri de olhos fechados.
_Harry, amar é uma expressão muito forte.
_Eu sei, por isso que a usei.
Não pude mais ouvir sua voz. Eu bem poderia abrir os olhos e observar, mas eu apenas senti seus lábios em minha testa. Eu gostaria de beijá-la, mas não seria correto. Acho que me importar apenas comigo, não trás confiança.
_Você é um homem maravilhoso. Se enganou quem te ofendeu no colégio, você é o sonho de consumo em pessoa.
_Você acha?
_Meu Deus, você é tudo de bom. Sabe, uma vez sonhei que nós... -Ela iria dizer, mas a campainha nos atrapalhou.
Ela me pediu licença e foi atender.

SeuNome
Me levantei do sofá e fui direto na porta.
_Dallas?! -Me assustei. Ele havia me puxado pela cintura e estava depositando um beijo mega demorado em meu pescoço.- O que está fazendo?
_Cumprindo um desafio. -Falou entre o beijo.
Quando ele parou de me beijar, senti uma pequena dor no local. Olhei para trás e Harry, que estava nos observando, se surpreendeu. Voltei a me virar para frente.
_Quer entrar? -Eu questionei envergonhada.
_Não, só vim para isso. Até.
Ele simplesmente saiu e fechei a porta.
_Que maluquice. Que cara emburrada é essa? -Me sentei.
_Eu? Ah, só estou apreciando esse chupão gigantesco no seu pescoço. -Falou em tom normal.
_Como?
_Ele chupou seu pescoço, você realmente não sentiu?
_O Dallas? -Duvidei.
_O que? Você não fica dizendo as qualidades dele? Deve ter sido maravilhoso um parasita bonitão no seu pescoço.
_Está muito visível? -Me preocupei.
_Visível e enorme.
_Se minha mãe ver, vai achar que foi você!
_Eu não faria um chupão só ai, sou veterano demais pra isso.
_Você me preocupa, Harry.
_Você está com uma cara de quem quer que ele volte e termine o "serviço" dele. -Fez aspas.
_Não seja tonto, ele é um amigo.
_Somos amigos e até agora não entendo como não transamos ainda.
_Eu ainda tenho dignidade e autocontrole.
_Você não tem nada disso, eu só não quis avançar com você tão cedo.
_Por que estamos falando disso mesmo?
Ele deu ombros e voltou a deitar em mim. Liguei a televisão, e ficamos assistindo algo bem desnecessário. Depois do almoço, estávamos em um tédio desgraçado.
_O que foi? -Perguntei a Harry que me encarava há muito tempo da cozinha.
_Essa marca está me incomodando de verdade.
_Ah, ignora.
_Não é tão fácil, isso tá enorme.
_Estou com um medo desgraçado de ir no espelho ver.
_Vai lá.
Me levantei do sofá e fui até o espelho do banheiro.
_AH. MEU. DEUS.
_Eu disse. -Gritou da cozinha.
Harry não estava exagerando, aquilo estava realmente visível.
_Isso vai levar trinta anos pra sair. -Voltei pro sofá.
_Eu geralmente uso alguns truques pra isso, mas não vou te contar pra você sofrer as consequências.
_Harry, eu não vou sair em público assim!
_Não se esqueça do casamento. -Riu.
_Ah, é amanhã! -Me apavorei.- Harry, eu não comprei o vestido! Eu preciso ir agora.
_Quem casa num domingo?
_Vem comigo! -Peguei minhas coisas apavorada e o arrastei para as lojas.
_Por que eu tinha que vir junto?
_Cala a boca e segura esse aqui. -O entreguei um cabide.
Antes de sair as pressas de casa, soltei o cabelo e torci para que o lado esquerdo do meu pescoço não viesse a ser visto. Passamos em muitas lojas, mas nada me agradava ou era decente para um casamento.
_Posso escolher um pra você? -Me questionou enquanto eu me encontrava frustrada.
_Nessa situação, qualquer coisa vale. -Desanimei sem muita fé.
Ele sumiu entre as araras e voltou com um longo.
_Acho que esse ficaria bom, não sei.
Olhei para o vestido com um tom aparentando salmon e resolvi experimentar, era minha última opção.
Fui até o provador e ele sentou para me esperar. Depois de vestida, voltei para saber a opinião.
_E então? -O olhei esperançosa.
_Olha, eu sou muito bom. -Sorriu comigo.- Está linda.
Pagamos o vestido e voltamos pra casa. Havia sido um dia cansativo, ou seja, dormimos logo. Ah, me esqueci da nota adicional: dormimos juntos novamente.
No dia seguinte, levantei tarde mas não tive sossego. Passei praticamente o dia me preparando. O casamento seria às quatro horas da tarde em um campo reservado. Bom, eu já estava pronta. Sai do quarto e fui direto para a sala.
_Por que está vestido de social? -Perguntei a Harry, que estava em pé na porta.
_Eu vou ao casamento.
_Que casamento?
_Aquele, da mãe de Dallas.
_O que? -Me assustei.

Continua...