"Imagine Liam Payne - Everything Changes From Now." - Part. 2.

_Liam? O que faz aqui? -Ela limpou rapidamente as lágrimas.
_Isso não vem ao caso. Porque está chorando meu amor? -Me preocupei.
_Não é nada. -Ela sorriu disfarçado.
_Você não me engana princesa. -A puxei num abraço longo.
Depois que nos soltamos, eu a levei para o carro para mais privacidade e também pelo frio. Ela estava triste, eu conseguia ver através se seus olhos.
_O que aconteceu? -Perguntei e ela desabou em lágrimas.
_Não fique assim, eu te amo ok? Estou aqui. -A abracei com dificuldade pois estávamos sentados.
_Liam, eu não presto nem pra ser feliz com alguém. -Ela disse baixo e pelo choro, estava rouca.
_Claro que presta. -Sorri.- Você sempre foi tão sorridente, engraçada e linda. É o sonho de qualquer homem.
Ela não disse mais nada, apenas ficou me abraçando. Ela provavelmente estava indo buscar James na creche, então eu liguei para Austin e pedi esse favor.
_Vamos fazer diferente hoje. Austin vai ficar com James e você vai ficar em minha casa hoje.
_Não, eu já estou bem. -Novamente sorriu forçado.
_Não, você vai ficar comigo até EU me certificar de que você realmente está bem.
Fui pra casa e Austin já havia saído. Fechei as cortinas e janelas do meu quarto, peguei algumas coisas pra comer e também filmes.
_O que vai fazer? -Ela perguntou olhando o meu quarto quase escuro.
_Tire esses saltos, se troque. -Eu a entreguei minhas peças de moleton.
Ela não questionou, apenas saiu do quarto pra se trocar. Quando voltou, pedi que ela deitasse na cama e se cobrisse. Fechei a porta, coloquei o primeiro filme, deitei ao seu lado já a abraçando.
_Não precisa me dizer nada do que aconteceu, apenas relaxe. -Eu a disse.
Ela se aconchegou em mim, e olhamos o filme começar.

Austin
Liam me ligou pedindo que eu buscasse James na creche. Pelo tom de voz dele, parecia ser sério.  Levei James para sua casa e fiquei lá com o mesmo.
_Tio Austin, porque me buscou?
_O papai e a mamãe foram resolver algumas coisas.
_Vão demorar?
_Eu não sei carinha.
Logo depois da minha fala, chegou uma mensagem ao meu celular.

-Ela não está emocionante bem, então vai passar a noite comigo. Se James não conseguir passar a noite sem ela, apenas o traga pra cá. -Liam.

Sabe, eu realmente acho que o que Liam sente por ela, nunca foi amizade. Eu até entendo as justificativas dele que dizem que a amizade é assim e blá blá blá, mas eu sei que é muito menos que isso. Ele sempre gostou dela, mas eu acho que de tanto medo, ele nega isso a si mesmo. Espero que ele se toque e perceba isso logo.
Depois pensar em várias coisas, ouvi James dizer algo e quando o olhei, vi que estava no telefone.
_Quem era James? -Eu disse quando ele desligou.
_Era a vovó. -Ele sorriu.
_O que ela queria?
_Ela disse que queria falar com a mamãe, mas eu disse que ela não estava e que eu estava com você.
_Ah, ok.
Depois de um tempo, começou a trovejar e eu fui até a pequena sacada com Janes.
_Vai chover. -Anunciei.
_O céu está escuro. -Ele disse.
_Está cedo, mas acho melhor irmos dormir.
Assim fizemos.

Liam
Em algumas partes do filme, eu percebia ela chorar. Eu odeio vê-la assim, me deixa com o coração pesado. Desliguei a TV, e ela se aconchegou ainda mais em meu peito. Estava começando a escurecer, trovejar e eu podia ouvir som de chuva na janela.
_Não precisava fazer isso por mim Liam.
_Claro que precisava, eu não dormiria em paz se soubesse da sua situação.
_Eu não sei como aguentei ficar tanto tempo sem você...
_Foram os anos mais sofridos da minha vida. -Completei a frase dela com minhas próprias palavras.
Ela sorriu, o que me deixou um pouco melhor.
_(SeuNome), daqui há alguns dias, eu vou embora e eu estava pensando, você quer ir morar comigo? -A surpreendi e ela ficou pensativa.
_Liam, por mais que seja a minha vontade eu tenho uma vida aqui.
_Isso podemos resolver, eu arrumo um jeito, só me diz: sim ou não.
_Tenho que pensar, não dá pra decidir isso em quatro segundos.
_Então pense em quatro anos. Quatro anos sofrendo um longe do outro, quatro anos de saudades, quatro anos de agonia. Não podemos passar por isso de novo. -Eu disse pensando em todas as que precisei e ela não estava presente.
_Tem razão, mas me dê um tempo pra pensar.
_Ok.
Passamos momentos ali, curtindo a presença um do outro e curtindo a chuva que caia lá fora. Ela acabou dormindo em mim, o que me deixou mais sossegado. Me ajeitei um pouco pra poder vê-la. Quem diria, ela está ainda mais bonita. O que o tempo não faz...
Lembro-me de todas as vezes que ela chegava da escola de cara amarrada pois diziam que ela era feia. Eu não sei se é por sermos amigos, mas ela nunca foi feia. Ela sempre me dizia que estava acima do peso, mas eu apenas enxergava mais motivos para apreciá-la. Me dizia também que odiava sua voz, mas era a única capaz de me acalmar cantando por mais desafinada que fosse. Sempre brincou sobre ela nunca ter um relacionamento sério, mas eu sei que os caras a secam de longe. Essa garota mudou minha vida. Me lembro quando nos conhecemos na escola. Ela era antisocial e eu sofria bullying. Duas pessoas completamente excluídas da sociedade, mas um ajudava o outro. Quando conversamos pela primeira vez, ela me tratou com arrogância, mas logo eu fiz a ver quem eu era e que não a faria mal. Parece que se passou tão pouco tempo, mas olha pra nós dois, adultos crescidos e pais de uma criança.
_Liam, já posso ir pra casa? -Me perguntou sonolenta.
_Você vai dormir aqui, junto comigo. Hoje é sexta, você não tem que trabalhar amanhã, não tem nada com o que se preocupar.
_Meu filho.
_Eu já resolvi tudo, só relaxa.
A chuva caia lá fora, o tempo esfriava cada vez mais, não havia clima melhor pra dormir mais cedo.
Durante a noite, ela acordou e eu podia sentir ela me encarar. Senti levemente sua mão passar sobre meu rosto enquanto a outra me abraçava.
_As coisas poderiam ser menos complicadas. -Ouvi ela cochichar.- Entendo que você quer o melhor pra mim, mas eu tenho medo de estragar sua vida com as minhas complicações, meus problemas. A pouco tempo atrás, eu tive um pequeno problema de saúde que escondi de todos, mas hoje estou melhor. Quase desenvolvi sintomas sérios pois estava com sentimentos pesados, mas agora você está aqui comigo. Com você, a vida é mais fácil, e por mais que venham as lutas, você nunca me deixa.
Ela não disse mais nada, mas só por aquelas palavras, vi o quanto valia a pena estar com ela.
No dia seguinte, acordamos juntos.
_Bom dia. -Sorrimos.
Fizemos nosso café, comemos e quando voltamos a deitar na cama, resolvi perguntar.
_Se puder, você pode me contar o que houve ontem?
_Só se prometer ficar calmo. -Ela disse um pouco preocupada e eu assenti.- Bom, antes de ontem, pouco antes de eu te ligar, eu e Joseph nos beijamos. -Fiquei sério.- E ontem, antes de dar o meu horário pra sair, ele fez de novo, mas eu vi aonde aquilo iria dar.

Flashback - Narrador
Durante o beijo, (SeuNome) começou a se sentir culpada e aquilo a deixava triste.
_Joe. -Ela interrompeu o beijo, que ele já estava prestes a retomar.- Isso não é certo.
_Claro que é, eu sou solteiro, você é solteira. Podemos fazer isso.
_Tem o James, e o Liam também.
_Eles não têm nada a ver com nossa vida.
_Mas James é o meu filho, e Liam é o meu melhor amigo.
_Já chega. Você é uma idiota! Para de me enxer de perguntas chatas e sem noção. Não percebeu que eu não quero nada com você além de te levar pra cama? Quando é que você vai deixar de ser burra? Não quero casar e ter filhos com você, eu não quero nada! Você é uma chata de uma mãe solteira encalhada que não sai com ninguém a três anos, se liga, ninguém quer mulher com filhos! Muito menos uma idiota! -Ele saiu a deixando ali, sem palavras, sem rumo.
Flashback

_Esse cara não fez isso! -Falei bravo.- Como ele pôde se atrever a isso?!
_Liam, não se esqueça da sua promessa. -Ela disse me lembrando.
_Certo, mas isso não me impede de ficar furioso. Ele está louco de fazer isso com você?
_Esquece isso Liam, vai passar.
_Está bem, mas isso não vai continuar assim. -Tentei me acalmar.
_Ok, deixa pra lá. -Me abraçou.
Passamos a manhã conversando sobre a nossa antiga vida, o que me fez sentir falta de quando eu a tinha só para mim.
_Sabe, se eu pudesse, voltava no tempo.
_Pra que?
_Pra mudar a parte em que eu te perdi.
_Você não me perdeu, estou aqui.
_Está agora, mas eu passei quatro anos sem sentir o seu cheiro. Acho que eu mereço uma recompensa.
_Recompensa? Eu te dei um filho, já está de bom tamanho. -Ri.
_Pode ser.
Depois de ficarmos ali, curtindo um ao outro, ela disse que iria embora.
_Olha princesa... -Eu disse a acompanhando na porta.- Sempre que sentir qualquer coisa, me ligue. Eu ainda não me importo de ser acordado de madrugada por você.
_Ok, te amo Lee. -Me abraçou.
_Lembrando agora, você esqueceu seu celular aqui. -Busquei e a entreguei.
_Ah, obrigada.
Meus planos para sair a noite estavam montados, eu obviamente já sinto falta de sair pra beber.

SeuNome
Cheguei em casa e estava uma bagunça, sem contar que os dois estavam deitados no chão dormindo, sujos de molho de nachos.
_O que é isso?! -Gritei fazendo os dois acordarem assustados.
_Oi. -Os dois disseram juntos em um sorriso amarelo. Literalmente.
_O que vocês fizeram aqui? Por favor digam que não foi aquele rato do Liam.
_Não, não foi o Albert mamãe.
_Então, quem foi? -Perguntei já sabendo a resposta, olhei para Austin esperando.
_O que foi? Liam me pediu pra ficar com James.
_E como vingança, você destruiu o meu apartamento e intoxicou meu filho de nachos.
_Quase. -Sorriu amarelo novamente.
_Ótimo, então você vai ficar e me ajudar a tirar esse cheiro de lixo da minha sala.
_Mas eu tenho compromisso.
_Claro que tem, você vai me ajudar a limpar essa zona. Bom rapaz. -Sorri e fui para o meu quarto trocar de roupa.
Voltei pra sala e os dois continuavam lá.
_James, vá tomar um banho e Austin, o armário de limpeza fica no corredor à esquerda.
No começo, ele ficou bravo, mas depois me ajudou.
Logo depois que terminamos, eu fiz o almoço pra todos e depois Austin foi embora.
Eu e James, conversamos o dia inteiro. Eu simplesmente adoro quando fazemos isso, a voz dele me acalma assim como a de Liam.
_Mamãe, porque você e o papai não são iguais aos outros pais?
_Como assim?
_Os outros pais andam com as mãos juntas, se abraçam e fazem aquela coisa nojenta com a boca.
_Beijar James, se chama beijar. -Eu disse rindo.- Eu e papai somos apenas amigos, e amigos não fazem essas coisas.
_Quando vocês vão fazer? E porque eu não tenho uma irmã?
_Que isso, acho melhor pararmos aqui.
_Mas...
_Anda, vai se aprontar pra ir para a casa do Cameron.
Ele iria dormir na casa do melhor amigo, então eu ficaria sozinha. O levei de carro, que graças a Deus já foi concertado. Era a primeira vez que James dormirá lá, tomara que dê tudo certo. Sem contar que meu coração de mãe vai sentir como se ele já fosse um moço saindo de casa.
_Tchau bebê. -Dei um beijo no mesmo e me dirigi para casa.
Admito que já era tarde, quase onze horas. As luzes da cidade ficam perfeitas a essa hora. Parei no semáforo e ouvi música alta do estabelecimento ao lado. Virei para o lado e de relance vi Liam com taças de wiski na mão.
_Caramba, é o Liam mesmo. -Me certifiquei.
Estacionei o carro e entrei dentro do bar cheio. 
_Liam! -O chamei enquanto ele terminava o que parecia ser o quinto copo.
_OI! -Ele gritou. Bêbado.
_Está tudo bem? -Segurei se braço enquanto ele sorria estranho.- Que cara de merda é essa?
_Estou feliz! Feliz!
_Ok, tá feliz. A gente pode ir embora agora?
_Não, fica aqui comigo. VAMOS CANTAR -Gritou de novo.
_Fica quieto tá passando vergonha. -Abaixei a cabeça.
_Você está sexy assim! -Me rodou.
_Liam, se liga, estou com um conjunto de moleton! E para de ficar me rodando.
Liam estava mais bêbado do que "deveria" estar. Eu tentava definir entre estar brava e rir.
_Liam, vou pagar a conta e vamos pra casa. Fica aí, não se mexe.
Corri e paguei a conta absurda que ele deixou.
Segurei seu braço e ele se soltou. Eu pensei que ele faria escândalo, mas apenas pegou a minha mão e entrelaçou na dele. Enquanto andávamos até a porta, ele dizia a todos que passavam por nós coisas como: "Não olhe demais pra ela, eu não deixei." "Perdeu alguma coisa?" "Pare de desejar minha mulher."
_Liam, pare de dizer essas coisas. -Saímos do bar.
_O que? Você acha que vou deixar todos ficarem olhando pra você como se não tivesse dono.
Meu Deus, ele está completamente bêbado.
_Cadê seu carro? -Ignorei a fala interior.
_Austin me trouxe e foi embora! -Sorriu e depois gargalhou.
_Ótimo, entre no meu carro. -Desacionei o alarme e o pedi para entrar.
_Nada mal, um Bravo.
_Cala a boca e entra no carro, por favor... -Eu implorava pela quinta vez.
Depois de muito esforço pra enfiá-lo dentro do carro, ia me dirigindo até uma farmácia. Ele iria precisar de um bom remédio pra dor de cabeça no dia seguinte.
_Eu já disse que está sexy? -Ele me olhou malicioso.
Hora ou outra ele tentava colocar as mãos em minha perna, mas eu o repreendia.
_Ótimo, agora fique aí que eu vou pegar o remédio. -Desliguei o carro e entrei na farmácia.
Enquanto eu conversava com o farmacêutico, Liam saiu do carro e veio atrás de mim.
_Amor, ei! Está demorando! -Ele me chamava da porta.
_Moço, pode me ver outro remédio pra dor de cabeça.
_Senhora, você tem que o dar apenas uma dose.
_Não, esse é pra mim.
Ele riu e me entregou.
Paguei o remédio e logo enquanto eu saia, Liam derrubou um perfume.
_Liam! -Arregalei os olhos.
Por ele estar sentado no chão, alguns cacos de vidro o machucaram.
Olhei o preço daquele perfume e era bem mais do que eu tinha na carteira. Não acredito.
Peguei a carteira dele e tirei o resto. Pedi desculpas, paguei ao moço e entramos no carro antes que algo mais acontecesse.
_Você ainda vai me falir.
Dessa vez eu o levei pra casa, estacionei o carro na parte reservada da rua e saímos.
Eu estava prestes a atravessar a rua, mas ele segurou meu braço me virando pra ele.
_Caramba, você tem que parar com esse costume de ficar me prensando na parede não acha? -Eu falei brava.
_Não, eu acho divertido. -Ele sorriu.
_Ótimo, agora vamos. -Tentei me soltar.
_Primeiro, eu gostaria de conversar.
_Não pode ser lá dentro, civilizadamente tomando um café?
_Não.
_O que foi então?
_Sei lá, eu gostaria de te pedir um beijo.
_Claro. -Cheguei mais perto e o beijei na bochecha e ri da cara dele de quem achava que iria ser na boca.
_Isso não teve graça. -Ele me soltou.- Você não sabe brincar.
Eu arrastei Liam para dentro quatro andares a cima.
_Você deveria ter vergonha. Você, um homem deste tamanho me fazer te carregar. -Eu disse ofegante.
_Mas você deve ter gostado de passar a mão em mim. -Ele riu.
_Como é? Eu não fiz nada disso.
_Eu senti. -Ergueu uma das sobrancelhas sorrindo.
_Bom pra você, porque agora nem minhas pernas estou sentindo por te arrastar até aqui. -Falei brava.
Liam começou a rir me deixando irritada.
_Você precisa se divertir! -Ele sorriu.
_Você está com certeza bêbado.
Eu não tinha opção melhor do que ligar imediatamente para Austin.
Quando ele chegou, eu apenas o olhei já questionando.
_Você deixou ele livremente em um bar sozinho?
_Ele não me deixou ficar lá. -Justificou.
_Ok, o leve pra casa. -Me sentei no sofá.
_Você já o deu um banho gelado?
_Claro que não. Eu não iria arriscar, ele está tão bêbado que era capaz de pular pela sacada e eu nem perceber.
_O que isso tem a ver? Deixa pra lá. Eu vou fazer isso e já volto. -Levou Liam para o banheiro.
Enquanto Austin o ajudava, da sala eu apenas ouvia os xingamentos feios de Liam por conta da água congelante. Quando saíram do banho, Liam estava vestido e estava tremendo.
_Não se preocupe, vai passar. -Eu o consolei.
_Bom, estamos indo. Obrigado. -Austin abriu a porta.
_O que? -Liam gritou.- Não vou sair daqui!
_Liam, vamos pra casa cara! -Austin insistiu.
_Não! Eu já disse que não vou sair daqui. Me deixa em paz com ela! -Se sentou ao meu lado e segurou meu braço.
_Chega, pare com essa palhaçada. Você está parecendo um pirralho. -Austin puxou seu braço e o levou pra fora sem fechar a porta.
Fui até a porta pra me certificar que Austin conseguiria o levar.
_Tire as mãos de mim! -Liam começou a escandalizar.
_Liam, por favor, colabore. -Ele tentou novamente.
Os meus vizinhos saíram pra olhar o que estava acontecendo.
_Você não vai me tirar daqui. -Liam gargalhou.- Não vai.
_Austin. -Sussurrei.- Pode deixá-lo aqui. Eu me viro.
_(SeuNome), quando ele está bêbado não sabe o que faz nem o que diz.
_Eu me viro. -Sorri.
_Certeza?
_Sim, pode ir.
Peguei a mão de Liam e o levei pra dentro. Austin foi pra casa e eu fiquei pra me entender com Liam.
_Enfim, ele nos deixou em paz. -Ele sorriu malicioso.
_Não me olhe assim, eu ainda tenho forças para te jogar do quarto andar.
_Não faria isso, você me ama.
_Infelizmente. -Sorri, fui para meu quarto acompanhada dele e me deitei.
Ele se deitou no meu colo e fez o nosso antigo sinal o que eu já sabia que significava. Passar a mão em seu cabelo.
Eu não me incomodava, aquilo era divertido e fofo. Exceto a parte dele estar completamente chapado.
_Eu queria que você morasse comigo em Londres, eu poderia sentir isso todos os dias. -Sua fala foi se estabilizando e ele fechou os olhos.- Eu poderia te ver todos os dias, eu poderia ser feliz todos os dias. Eu sonho com isso há anos.
_Liam, já falamos sobre isso, nós somos de mundos diferen...
_Eu te amo.
_O que? O que você disse? Liam James Payne!
Não obtive resposta. Esse desgraçado dormiu. Como é que ele me diz uma coisa dessas e dorme? Só pode ser o efeito de algum copo de tequila.
Levantei da cama, peguei alguns cobertôs e me deitei novamente nos cobrindo. Sorri olhando pra ele e adormeci.
No dia seguinte, acordei e ele ainda se encontrava em um sono pesado. Já aproveitei pra pegar o remédio que eu havia comprado ontem e coloquei em cima do criado mudo acompanhado de um copo de água.
Me dirigi até a sala e logo após ouvi a campainha. Austin.
_Filha! -Minha mãe me abraçou logo quando abri a porta.
_Mãe, o que faz aqui? -Falei feliz, mas o nervosismo subiu quando me lembrei que Liam estava de ressaca na minha cama.
_Visitar, como vai? -Entrou e se sentou no sofá.- Onde está meu neto?
_Foi dormir na casa de um colega.
Antes de eu fechar a porta, Jane chegou. Isso é um pesadelo.
_Tentei ligar pra você um milhão de vezes!
Olhei para meu celular e vi trinta e duas chamadas perdidas.
_Estava no silencioso, foi mal.
_Ok, mas que história é essa sobre Liam? -Ela me perguntou, minha mãe que estava olhando pro nada se interessou e eu arregalei os olhos.
_An... eu... -Não conseguia achar palavras.
_O que tem Liam? -Minha mãe questionou. 
_Ah... gente, é que...
Eu diria alguma coisa, mas nós ouvimos um barulho vindo da porta do meu quarto. Liam apareceu na sala todo sonolento e as duas ficaram boquiabertas.
_(SeuNome), o que estou fazendo aq... oi. -Reparou as duas ali e ficou um pouco tímido.
_Liam, agora não é uma boa hora.
_Liam, como você cresceu! -Minha mãe se levantou e o abraçou.
_Sra. (SeuSobrenome). -Ele sorriu.
Jane me olhou estática.
_Você nunca me disse que o seu Liam é o famoso Liam da One Direction! -Ela cochichou brava.
_Ele não era... -Justifiquei a deixando ainda mais nervosa.
_Você me paga.
Quando minha mãe soltou ele, ela foi um pouco atrevida com a pergunta:
_Estava fazendo o que no quarto de (SeuNome)? -Ela sorriu maliciosa.
_Eu sinceramente não sei. -Ele sorriu olhando pra mim.
Todos olharam pra mim esperando uma resposta.
_Você não estava sóbrio. -Sorri nervosa.
_Só isso? Certeza? -Jane me perguntou insinuando coisas.
_Jane, se liga. -Dei um tapa em seu braço.
Depois de algumas conversas, Jane foi embora e minha mãe foi descansar no quarto de James.
_Me desculpe, me desculpe mesmo. -Tentei convencer Liam.
_Tudo bem, não se preocupe. -Ele sorriu.- Não quero ser indelicado, mas você tem algum remédio pra...
_Dor de cabeça? -O interrompi.- No criado mudo do meu quarto.
_Obrigado. -Riu.
Ele foi e ouvi minha mãe me chamar.
_O que aconteceu? -Entrei no quarto de James.
_Que rato é esse aqui? -Ela apontou para Albert.
_É o animal de estimação do seu neto.
_Você pode tirá-lo daqui por esses dias?
Ela ficaria no quarto de James até ir embora.
_Ok.
Peguei a gaiola e levei pra sala. Liam voltou pra sala e me abraçou.
_Por que isso? -Perguntei.
_Porque você é importante.
_Ok então. -Sorri.
_Obrigado por me ajudar. -Me soltou.
_Não faça isso novamente, você tem filho. Ele toma você com exemplo, não quebre o coração dele. Ele é um menino excelente, você tem muita sorte. Ontem ele não estava aqui, coincidência. Mas não fique achando que a sorte vai continuar com você o tempo inteiro. Ele te ama muito Liam.
Ele ficou pensativo com as minhas palavras.
_Eu não vou desapontar vocês, você e ele são a minha família e eu amo muito vocês dois.
_Ótimo, te amamos também. -Sorri e ele ficou me encarando profundamente.
Quando Liam foi embora, eu me senti aliviada por ele ter levado aquele aviso numa boa.
Depois do almoço, Julie mãe de Cameron, trouxe James pra casa que ficou muito feliz com a visita da avó.
_Vovó, meu papai é o melhor do mundo. -Ele fez gestos com as mãos como se estivesse segurando uma esfera imaginária.
_Eu sei, ele é mesmo. -Ela sorriu.
Deixei ele lá com minha mãe e fui fazer a minha caminhada diária. No fim do trajeto, encontrei Jane engordando no fast food da praça.
_Você e suas gordices. -Sentei com ela.
_Deixe eu e o meu BigMac em paz. -Deu a última mordida.
_Não tivemos muito tempo pra conversar, e então, como foi a viagem?
_Maravilhosa. Mas e você? Como reagiu ao encontrar o bonitão?
_Nada bem, quase tive um ataque.
_O que aconteceu ontem? Você parece esconder alguma coisa.
_Ele disse que me ama. -Fui direta e ela ficou boquiaberta.- Mas estava bêbado.
_Eu acreditaria se fosse você!
_Porque?
_Hoje eu vi a troca de olhares de vocês na sala.
_Aquilo? Mas acontece sempre Jane, sempre aconteceu.
_Então ele sempre gostou de você.
_Que idiotice. -Revirei os olhos e depois olhei pro lado.
_O que aconteceu nessa semana? -Ela perguntou desconfiada.
_Porque?
_O que aconteceu nessa semana? Resume!
_Podemos ir pra um lugar menos público? -Perguntei.
Eu e ela fomos para sua casa que ficava em frente a praça.
_Agora fale.
_Ele odiou Joseph só pelo fato dele me achar bonita, já me prensou na parede duas vezes, quase me beijou uma vez, me pediu pra morar com ele, sente ciúmes de qualquer homem que chegue perto de mim, me olha estranho vinte e quatro horas por dia e eu não sei mais nada.
_Esse cara está apaixonado por você.
_Jane, ele é homem. Homens fazem isso o tempo todo. E já conversamos, somos amigos entendeu? A-M-I-G-O-S.
_Quer apostar quanto que ele não para de pensar na noite em que vocês... bom, você entendeu.
_Ah, Jane. Vamos mudar de assunto.
_Ok.

Liam
_Eu não estou bem.
_O que aconteceu Liam? -Austin questionou.
_Eu não sei, ela está me enlouquecendo.
_Ah, o que ela fez dessa vez?
_Ela sorriu.
_O que? -Fez cara de confuso.
Depois de muito pensar, marquei um psicólogo. Eu gostaria de conversar com alguém que pudesse entender.
_Sr. Payne, como posso te ajudar?
_Eu tenho uma amiga, o nome dela é (SeuNome). Não nos víamos há quase quatro anos e descobri recentemente que temos um filho de três anos. Desde então, estamos nos aproximando cada vez mais, o que está me deixando com medo.
_Medo? -O psicólogo perguntou.
_Sim.
_De que?
_Eu não sei.
_Me conte, o que você anda sentindo.
_Eu não estava sentindo nada até ontem quando ela sorriu. Foi como se uma bomba atingisse o meu corpo, e então eu senti algo estranho.
_Nervosismo?
_Isso é pouco, eu senti algo com uma intensidade imensa.
_Amor?
_Está maluco? O amor não atinge as pessoas assim.
_Na verdade, o amor poderia já estar aí dentro. Você só o deixou florescer.
_Moço, eu saberia se fosse amor.
_Certeza? Porque até agora você não sabe definir o que está sentindo.
_Como é? -Ergui uma sobrancelha.
_Olha, já que você não concorda com nada, vamos fazer da seguinte forma. Me conte como você se sente perto dela.
_Bom, toda vez que conversamos, eu odeio quando algo nos interrompe. Me lembro de dois dias atrás, ela estava mal e eu a fiz dormir comigo. Eu não conseguia parar de admirá-la, ela é realmente linda. Hoje, conversamos sobre o nosso filho, e eu disse que os amava. Ela me disse o mesmo e sorriu. Senti minhas mãos ficarem geladas, minhas batidas descompassadas e eu não sabia o que dizer.
_Uma pergunta simples, você poderia passar a vida se divertindo com ela e o seu filho?
_Sim. Os dois são a minha vida, são tudo pra mim. Eu não posso viver sem ele e sem ela. Ela me faz feliz, ela me faz sentir bem. Toda vez que estamos juntos, só de pensar em ficar longe, meu coração aperta. E uma vez, quando quase nos beijamos, eu fiquei triste e arrependido por não ter ido em frente. Talvez pudéssemos passar a vida inteira juntos, sei lá, ter mais um filho... O que eu estou falando? -Me toquei.
_Rapaz, rapaz... -O homem riu.- Você a ama.
_Mas...
_Não tem outra explicação, você a ama e não pode negar.
_Eu perceberia doutor, não é ass...
_Com o sorriso dela, você apenas teve um choque de realidade.
Eu fiquei sem palavras, eu a amava mesmo ou será apenas um mal entendido? Eu não o permiti dizer mais nada, sai de lá sem ao menos a sessão ter encerrado e fui pra casa. Eu estava pensando, eu estava com múltiplos sentimentos. Nervosismo, medo, ansiedade, alegria, indecisão e talvez uma coisa que me fazia temer, amor.
_Amor? -Eu disse quando me fechei no quarto.- Não é possível, eu perceberia.
Acabei "acidentalmente" pensando sobre isso durante o dia todo.
No dia seguinte, 9:00 da manhã, eu já estava acordado. Deitado na cama, olhando pros lados.
_Qual é o meu problema? É só uma garota. -Falei a mim mesmo.- Não, não é só uma garota Liam, é a garota que você conhece mais que a sua própria mãe.
Depois das dez, me levantei e fiquei vagando pela casa. Pela expressão, Austin já estava com uma certa irritação de ficar me olhando andar pra lá e pra cá.
_Você pode parar?
_Me desculpe.
_O que o psicólogo te disse?
_Amor, ele disse que eu estou sentindo amor.
_Então você pegou um psicólogo pra dizer o que eu, você e o mundo já sabíamos?
_Eu não sabia disso.
_Você é um caso perdido. Você a ama desde antes de nos conhecermos.
_Eu disse e repito mil vezes, eu perceberia se fosse verdade. 
_Você não percebe porque não quer. A sua amizade comigo é a mesma que tem com (SeuNome)?
_Claro que não, (SeuNome) é minha amiga há mais tempo. E você é um homem, por favor.
_Vai ver que é por isso que você ama ela. É sua única amiga mulher.
_Ok, já pode parar?
_Tá.
Fui pra sacada, eu estava precisando de um tempo pra pensar.
Estou me desesperando cada dia mais, amanhã à tarde voltarei para aquela vida de shows e flashes novamente. Acho que o mais doloroso disso é saber que ela e James não vão comigo. Nessa semana, eles se tornaram a minha vida, a minha família. Não dá pra simplesmente deixá-los assim, sem sofrer. Eu amo eles, não posso lutar contra isso.

SeuNome
Eu consegui eles aceitaram! Oh meu Deus, eu não posso acreditar, eu vou! Liam vai enlouquecer! Faz algum tempo que estou pensando na proposta de Liam, então acabei pedindo transferência.

LIAM! -Gritei provavelmente o assustando.
O que aconteceu? Por que está gritando?
Eu consegui!
Conseguiu o que?
A transferência Liam!
Transferência? Eu perdi alguma coisa, com certeza. Do que está falando?
Você me pediu pra morar com você. Eu pedi transferência pros meus chefes daqui pra Londres, e eles assinaram!
Você... você vai comigo?
Vou, eu e James vamos com você.
Oh meu Deus, isso é sério?
Liam, nós vamos pra Londres. É serio. -Sorri.

Quando fui pra casa, James e minha mãe já estavam lá. Anunciei minha ida e James não entendeu direito, mas só bastou a frase: "Vamos morar com o papai!" pra ele simplesmente começar a gritar pela casa.
Arrumei minhas malas e tive algumas trocas de mensagens com Liam, eu não levaria nenhum móvel da casa pois segundo Liam, eu ficaria em um apartamento mobíliado.
O dia se passou muito rápido e quando percebi, estava em um avião com destino a Londres. Como James tem pavor de voar, o fiz dormir. Liam também dormiu, e pela ansiedade só fui dormir pouco antes do avião pousar. Chegamos às seis horas da tarde e com um táxi, fomos direto para o apartamento.
_Bem vindo à nossa casa! -Ele sorriu assim que abriu a porta.
_Acho fofo você dizer "nossa" casa porque somos bem vindos aqui, mas onde eu e James ficaremos?
_Aqui.
_Morando com você?
_É, foi o que eu disse.
_Mas...
_Não discuta, vai morar comigo e ponto.
Uma coisa eu sabia, quando Liam falava, estava falado. Depois de nos indicar nossos quartos, fui me deitar pra descansar. Meu quarto tinha uma grande janela com uma maravilhosa vista da cidade. Eu me sentia um pouco culpada por morar aqui, nesse lugar enorme com Liam. Ele tem a vida dele, tem os amigos, as fãs. A minha maior preocupação é James. Eu não ligo delas me julgarem ou algo do tipo, mas se alguém colocar o nome do meu filho no meio, é processo na certa.
_Está gostando? -Liam entrou no quarto.
_Claro, a vista é maravilhosa e o quarto é confortável. Só me assusta o fato de ter que conhecer a nova empresa amanhã.
_Você vai se sair bem, é excelente.
_E você sempre com essa mania de me acalmar. -Sorri.- Eu simplesmente adoro nossos momentos de carinho. Mostra o quanto nossa amizade continua valendo a pena desde o primeiro momento.
_Isso provavelmente melhorou o meu dia. -Sorriu e logo saiu do quarto.
O fuso horário não tinha tanta diferença, mas pelo clima frio, dormi sem ao menos desfazer as malas.

Liam
(SeuNome) dormiu mais cedo do que costume, nunca pareceu tão cansada.
_Papai, o que podemos fazer pra mamãe não ficar nervosa?
_Não dá pra tirar o nervosismo dela, mas podemos fazer um café da manhã bem gostoso pra ela amanhã.
_Pode ser! -Ele sorriu.
Logo depois das nove horas, também nos deitamos. Estou feliz que a vida esteja conspirando a meu favor, porque até há duas semanas atrás nada funcionava. Eu sinceramente não acreditava que eu a acharia tomando café no aeroporto, ou melhor, não acreditava que eu a acharia e muito menos que ela viesse morar comigo. É, parece que as coisas estão começando a se ajeitar.

SeuNome
Me levantei assustada.
_Estou atrasada? -Me perguntei.
Olhei para o relógio e vi que marcava sete e meia. Eu teria que estar na editora às nove.
_Acordei na hora certa.
Tomei um banho, me arrumei decentemente e fui pra cozinha.
_O que é isso? -Olhei para a mesa bonita na qual Liam arrumava.
_Seu café especial. Em nome de James e eu.
Apenas sorri e me sentei pra comer. James ainda estava na cama, então Liam fez tudo sozinho.
_Isso está muito bom. -Eu disse já deliciando a segunda garfada.
Liam sentou comigo e começamos papos aleatórios.
_Não, a transferência da creche vai ser feita por Jane.
_Então por enquanto James ficará comigo.
_Exato. Bom, já vou indo pra não perder a hora. -Me levantei, dei um beijo na bochecha de Liam e saí.
Entrei no taxi e minhas mãos não paravam. Eu não conseguia disfarçar por causa das minhas mãos suadas. Depois de dez minutos rodando a cidade, o taxi parou em um enorme prédio no qual me deu tontura ao olhar para o topo. Era aqui, ótimo. Entrei e logo que disse meu nome na recepção, a moça chamou uma garota pouco mais nova que eu.
_Bom dia Srt. (SeuSobrenome), é uma grande honra tê-la aqui. Sou Ginna e também sua secretária pessoal. -Era alta e morena, porém bem magra com óculos grandes.
_Secretária pessoal? -Estranhei.
_Sim, eu gostaria que me acompanhasse para uma pequena tour pela empresa. -Ela sorriu.
Eu a segui por praticamente todos os setores daquele prédio. Uma coisa que me agradava é que ela era uma boa menina, muito inteligente mas era divertida nas horas certas.
_Sabe, ouço falar da senhora desde o ano passado. -Ela me disse quando nos sentamos numa sala de estar.
_De mim?
_Sim, é uma grande negociadora. E quando soube que viria, fui uma das primeiras a ser escolhida pra ser sua secretária pessoal.
_Uma das primeiras?
_Sim, várias pessoas da empresa queriam esse cargo.
_Me sinto lisonjeada. -Sorri junto a ela.
Depois de conversarmos bastante tempo, ela quis me mostrar a minha sala e eu logo me animei.
_Espero que goste, o design foi escolhido pelo Sr. Roy. -Ela abriu a porta.
Ok, isso é brincadeira! Essa sala é gigante, é praticamente quatro vezes maior do que a minha antiga.
_Ginna, erramos de sala? -A perguntei surpresa.
_Não. A sua mesa fica ali... -Apontou para o maior espaço da sala.- E a minha ali. -Mostrou outro canto.
_Isso é incrível, eu amei. -Eu não conseguia parar de sorrir.
_Fico feliz pela senhora. -Ela demonstrou o mesmo sorriso animado.
_Sobre isso Ginna, pode me chamar de "você" fora de reuniões. Ou de (SeuNome). O que preferir.
_Maravilha. -Ela sorriu.- Pode me chamar de Gin.
_Legal, vamos nos dar bem.
Eu não tinha nada pra fazer por enquanto, então eu e ela sentamos no sofá pra conversar.
_Ah, me lembrei de uma coisa. Você vai amar conhecer o Sr. Roy.
_Porque?
_Ele é muito gato.
Eu ri de sua fala e de sua expressão.
_Gato?
_Sim, e falando nisso, tenho que te levar pra conhecê-lo. -Se levantou.
Eu apenas concordei e fomos até o andar da sala em que ele ficava. Ginna bateu três vezes na porta e ele pediu que entrasse.
_Sr. Roy, a Srt. (SeuSobrenome) está aguardando. -Ouvi ela dizer pois estava do lado de fora.
_Mande-a entrar Ginna.
Depois disso, apenas vi Ginna sair depois de me pedir para entrar. Com toda a timidez que eu tinha, entrei, é claro que em posição formal.
_Olá. -Ele sorriu e se levantou.
Caramba, Ginna não brinca mesmo. Ele é lindo pra caramba, agora o trabalho vai valer a pena com certeza.
_Olá. -Sorri chegando mais perto. Por educação.
_Sou Drew Roy, é um prazer conhecê-la Srt. (SeuSobrenome). -Estendeu a mão e eu o cumprimentei.
_O prazer é meu Sr. Roy.
_Pelo meu conhecimento, você foi promovida a pouco tempo. Estou certo?
_Corretíssimo. Aliás, uma pergunta. Qual é o meu cargo aqui, porque eu nunca tive uma secretária pessoal.
_Editora chefe, e achei que precisaria de ajuda. Mais alguma pergunta?
_Não. Eu só gostaria de agradecer pela oportunidade.
_Imagine, você é muito bem falada aqui na empresa. Sr. Stive apostou alto em você.
_Que honra. -Sorri envergonhada.
Ele não tirava o sorriso do rosto, o que me envergonhava pois ele tinha um sorriso maravilhoso.
_Eu não sei se é conveniente dizer isto num momento como esse, mas eu não esperava que você fosse tão bonita quanto é.
_Obrigada. -Deixei a vergonha tomar conta quando fiquei vermelha.
_Não fique assim, foi um elogio no qual eu deveria ter guardado pra outra ocasião, me perdoe.
_Tudo bem. -Sorri.- Bom, eu vou voltar para a minha sala se não se incomoda.
_Claro, pode ir.
Eu não demorei a sair e já estava na minha cadeira acolchoada.
_Como foi? -Gin perguntou.
_Eu não sei, o sorriso dele praticamente me deixou tão boba. Só espero não ter dito bobagens.
_Eu avisei. Mas só um comentário básico, eu acho que ele está na sua.
_Só se estiver doido. Meus relacionamentos são um fracasso e eu sempre me ferro no final. Sem contar que eu não posso namorar.
_Por causa do seu filho?
_Não, como sabe sobre meu filho?
_Você já saiu em algumas revistas de fofocas com Liam Payne essa semana.
_Caramba, eu não estou gostando disso. Ontem, vi uma matéria na TV sobre nós e diziam coisas falsas a meu respeito. Eu simplesmente odiei. Eu sinceramente nem vi essa polêmica começar.
_Logo passa.
Quando recebi minhas tarefas, fiquei ocupada praticamente o dia todo. Cheguei em casa toda animada, o meu dia tinha sido maravilhoso.
_Mamãe! -James me recebeu.
_Oi pequeno! Oi Lee! -Sorri.
_Parece que alguém se animou hoje.
_Claro Liam, é o emprego dos meus sonhos.
Compartilhei quase todos os detalhes do meu dia, exceto a parte do Sr. Roy. Seria estranho falar de um homem perto do meu filho. Fui para meu banho enquanto Liam colocava James para dormir. Ainda era muito cedo, mas pelo que entendi, os dois fizeram exercícios o dia inteiro.
_Então você o fez correr? Ele é tão sedentário quanto você, que maldade. -Ri quando entrei no quarto de Liam.
_Eu? Sedentário? -Ele fingiu indignação.
_Agora eu não sei, mas há alguns anos atrás... -Me sentei em sua cama.
_Não senhora, ele puxou o sedentarismo de você moça.
_Ok, o sedentarismo é de ambos. -Ri.
Ele sentou na cama comigo ficando sério.
_(SeuNome), eu vou fazer uma pequena turnê daqui há três dias. Dois meses e meio, mas estou preocupado com vocês.
_Não se preocupe, a transferência de James chegou enquanto eu trabalhava e já estou pesquisando algumas creches.
_Na verdade, estou preocupado com vocês emocionalmente. Estou com medo de James se sentir mal por eu não estar tão presente, ou por você se sentir sozinha.
_Quanto a isso, não fique nervoso. Eu e James sempre vivemos essa vida e você também pode se comunicar por vídeo. Se nós aceitamos estar aqui é porque nos comprometemos adaptar a sua vida.
_Eu só não quero perder vocês. -Me abraçou.
_Só promete não vai nos deixar e está tudo certo.
_Eu prometo. -Se deitou me puxando junto.
_Nem pensar. -Me soltei dele e levantei.- Nada de dormir juntos, um filho só já está ótimo. -Ri.
_Certeza? Eu estava tão crente em ter mais um. -Ele sorriu.
_Sinto muito, acabei de frustrar seus planos. -Rimos e eu sai do quarto.
Entrei no meu e me deitei. Como a vida com ele é divertida, eu com certeza posso me acostumar.
Ouvi o despertador e me levantei. Todos ainda dormiam, claro, somos o grupo dos sedentários. Mas a minha participação no grupo acaba toda vez que o relógio me desperta às sete e quarenta. Depois de improvisar um café, fui para a empresa continuar meu dever.
_Bom dia! -Ginna disse animada.
_Bom dia. -Sorri, a presença dela me animava.
_Mãos à obra! -Se sentou em frente ao seu computador.
Durante um longo tempo, ficamos digitando coisas, apagando, enviando formulários, em fim, fazendo o nosso trabalho.
Horário de almoço, graças a Deus! Saímos daquela sala e fomos até o restaurante da empresa. Eu e Gin sentamos na mesa ao lado da janela reservada apenas aos importantes.
_Eu estou amando isso aqui, tudo mundo me olhando e invejando o fato de eu estar sentada com (SeuNomeCompleto). -Ela falou praticamente como um pensamento e eu ri.
Conversávamos normalmente, enquanto tinha assunto, tinha conversa.
_(SeuNome). -Ouvi aquela voz desejada por todas as moças da empresa.
_Sr. Roy. -Sorri.- Quer se sentar?
_Não, só passei para cumprimentar. Tchau. -Riu da minha perceptível ansiedade.
Eu apenas acenei com a mão quando ele se foi e vi Gin me olhar com uma cara pervertida.
_Você só parece uma santa, e engana muito bem. -Rimos.
Voltamos novamente para a correria do trabalho.
_Gin, já está dando a minha hora de sair e eu ainda não imprimi os papéis, me faz esse favor. -Pedi quase implorando.
_Claro, eu já volto.
Respirei profundamente me aliviando, um problema a menos. Depois de um tempo, ouvi batidas na porta.
_Ginna, já falamos sobre isso. Não precisa bater, a sala também é sua. -Observei a porta se abrir percebendo não ser Gin.- Sr. Roy?
_Eu. -Ele sorriu e entrou.- Tenho uma proposta rápida.
_Qual? -Falei curiosa, eu não via a hora de ir pra casa e temia que ele me desse mais serviços.
_Precisamos conversar sobre o contrato da modelo da Vogue. Então  pensei, que tal irmos até um café?
_Pode ser. -Aceitei.
_Ótimo, me espere quando sair. -Ele se ausentou da sala.
Quando Gin voltou, não toquei no assunto. Era provável que ela dissesse algo que me constrangesse e me deixasse nervosa demais para o acompanhar.
Depois de pouco tempo esperando, ele apareceu e fomos lado a lado para o café.
_Um frapuccino tradicional, por favor. -Ele pediu.
_Eu gostaria de um cappuccino de chocolate. -Fiz o meu pedido após o dele.
Sentamos na pequena mesa de quatro lugares frente a frente.
_Você é maluco, está congelando lá fora e você pede um café gelado. -O repreendi sorrindo.
_Gosto de correr riscos. -Ele sorriu me fazendo observar aquele sorriso que eu simplesmente me enlouquecia ao ver.
Depois da entrega dos pedidos, voltamos ao assunto que nos trouxe aqui, a modelo americana.

Liam
_Por favor papai. -James implorava pela sétima vez.
_Sua mãe me mataria. Está um frio absurdo!
_Mas eu tomo só um pouquinho.
_Nada de sorvete, não queremos ser mortos pela sua mãe. -Ele ficou triste e se sentou no sofá.- Vamos até a loja de música, preciso de um CD novo.
_Pode ser. -Ele se levantou, colocou o casaco e fomos a pé.
A loja era de um grande amigo meu, e era perto de casa. Eu sempre ia lá para conversar.
_Rafael, como está? -Fizemos um cumprimento de mãos.
_Estou legal, ele é o famoso James?
_Sim, parece que os paparazzi não descansam.
_É a vida.
Ficamos longos minutos conversando sobre alguns acontecimentos recentes da música, mas uma coisa me incomodava, James não parava de me chamar.
_O que foi? -Eu disse tentando não demonstrar irritação.
_Precisamos conversar. -Ele disse.
_Agora?
_Sim.
Pedi licença à Rafael e dei atenção ao menino me abaixando a sua altura.
_O que aconteceu?
_Estou me sentindo estranho.
_Foi algo que eu te dei pra comer? Não conte a sua mãe!
_Não papai, é que aquela moça se parece com a mamãe. -Apontou para um café logo ali na frente.
_Mas é a sua mãe. -Olhei para a mulher sorridente acompanhada de um cara.- Vamos.
Me despedi brevemente de Rafael e entrei no estabelecimento. Enquanto eu me aproximava da mesa, ouvi o assunto sobre contratos, modelos ou seja lá o que for.
_(SeuNome)? -Fingi surpreendimento.
_Liam, como vai? -Ela me perguntou.
_Bem. -Sorri.
_Esse é o seu filho? -O cara perguntou a ela sobre James.
_Sim, meu e de Liam.
_Vocês têm um belo filho. -Ele sorriu.
_Obrigada. -Ela sorriu também.- Liam, esse é o meu chefe, Sr. Roy.
_Prazer. -Nos cumprimentamos.- Bom, vim apenas comprar um café e já vou, até.
Fiz o pedido e logo depois fui embora com meu filho. Aquele cara não era sinônimo de ameaça, estavam apenas num encontro à negócios.
_Papai, quem era?
_O chefe da mamãe. -Sorri o acalmando.
Depois que ela chegou, tivemos um jantar em família e nele, ela anunciou que James começaria na nova creche.

SeuNome
A vida cotidiana voltou. Liam saiu em turnê, eu estou trabalhando e James está na creche. No meu pouco momento de paz, consigo me lembrar da despedida complicada que tivemos no aeroporto. Liam quase desistiu de ir.

Flashback - Narrador
"A última chamada para o vôo 126, destino a Los Angeles."- Ela anunciou.
_Filho, o papai tem que ir. -(SeuNome) dizia ao filho que chorava.
_Não mamãe, ele vai embora de novo! -Ele se agarrou a Liam que não sabia o que fazer.
_Eu vou voltar, o papai te ama. -Liam o disse.
_Mas papai... -James chorava ainda mais.- Não vai. -Soluçou.
Liam ficou pensativo.
_Nada disso Liam. -(SeuNome) praticamente leu a mente do rapaz.- É a sua carreira, ficaremos bem.
_Ok. -Se abaixou até o filho.- Filho, o papai vai agora, mas eu vou voltar. E quando eu voltar, vamos brincar e fazer tudo o que você quiser. Principalmente quebrar as regras da mamãe e tomar sorvete no frio. Eu te amo filho, vou morrer de saudades e vou voltar ok?
_Promete papai? -O pequeno se acalmou.
_Eu prometo. -Abraçou a criança e logo depois a mãe.- Até daqui há alguns dias. -Acenou e se foi.
Narrador OFF

Esses dias, James está se aquietando, o que me preocupa. Tenho medo de que ele fique depressivo.
Depois do trabalho, o busquei e fomos pra casa. Quando eram oito e meia da noite, James chegou preocupado.
_O papai ainda não ligou. -Ele veio até mim que estava deitada na cama.- Mamãe, e se ele se esquecer de nós? -Voltou a chorar.
_James, ele só está ocupado. -O abracei.- Não precisa chorar bebê, daqui a pouco o papai vai ligar. -Tentei me controlar para não me emocionar.
Eu sempre era sensível quando James chorava por saudades.
_ Será que o papai nos ama mesmo?
_Filho, você virou a coisa mais importante da vida dele. Ele daria qualquer coisa por você.
_Mas e a senhora mamãe?
_Eu já não sei se o papai sente algo tão forte assim. Ele é apenas meu amigo e amigos não sentem essas coisas...
_Então o papai não é seu amigo, ele te olha tão brilhante.
Me indignei e o puxei para a cama.
_Vamos dormir! -Apaguei as luzes e puxei os cobertores.
Acho que pelo motivo do choro, os olhos dele ficaram mais pesados e dormimos rápido.
Acordei no meio da noite, e vi que o telefone tocava.

(SeuNome)?
Liam, que saudades.
É verdade. Me desculpe por ligar tão tarde, eu tive um show agora pouco. Como está James?
Um pouquinho moado. Ele anda quieto ultimamente.
Estou sofrendo muito com a falta de vocês.
Também sentimos muito a sua. James ficou choroso o dia inteiro, já faz uma semana e meia que você foi.
Me sinto culpado, mas eu quero muito interromper a turnê e voltar.
Liam, acho que não tem comparação. James está sentindo a sua falta, mas imagine como você vai se sentir quando o ver daqui a dois meses sorrindo por te ver?
Tem razão.
Tenho que desligar, amanhã tenho um dia cheio.
Ok, mande um abraço a ele e diga que eu o amo.
Pode deixar.

Desligamos e dormimos.

Quatro semanas seguintes.
O trabalho já se estabilizou, me sinto bem melhor quanto a isso. Mas estou preocupada com meu filho, essa semana ele está com febre e eu o deixei com a babá. Mas só por dois dias pois a partir de amanhã, eu posso ficar com ele. Ginna no momento está em reunião e estou sozinha. Recebi uma chamada de vídeo e eu já pode ver o nick de Liam ali. Aceitei.

_Liam! -Sorri ao velo.
"Oi, está tudo bem por aí?"
_Tudo ótimo. -Eu não queria comentar sobre a febre de James.
"Como está meu filho? Continua saudável?"
Bingo.
_Na verdade ele está com febre, mas está melhorando.
"Ah, ok."
Sua expressão caiu um pouco. Ele sabia que era devido a saudade. Eu estava prestes a falar com ele quando Sr. Roy entrou na sala.
_(SeuNome), está tudo bem? Não te vi hoje.
_Estou bem. -Sorri.
_Você pode ir pra casa agora se quiser, posso te liberar mais cedo.
_Tudo bem então.
_Depois do expediente, vou dar uma passada em sua casa para ver James.
_Acho que ele iria gostar, pois aquela brincadeira do acampamento o agradou. Sem contar que nós três nos divertimos. -Rimos.
_Ok, então até lá. -Ele sorriu, piscou brincando e saiu.
_Me desculpe Liam. -Ri enquanto o via sério.
"Impressão minha ou ele piscou pra você?"
_Não foi nada demais, ele apenas estava brincando.
"Garanto que se eu fizer isso para alguém não vou estar brincando" -Continuou sério.
_Liam, pare de ver tudo com maus olhos. -Revirei os olhos.
"Estou sendo realista."

Acabou que, eu o deixei bravo sem querer e ele disse que iria desligar. Arrumei minhas coisas e fui embora.
_Olá filho.
_Olá mamãe. -Ele disse todo manhoso, o nariz ainda não havia melhorado.
_Está com fome? -Perguntei e ele afirmou.- Ótimo, eu trouxe sopa de um restaurante aqui perto.
Fui até a cozinha, peguei um prato, um garfo e o levei. Ele realmente estava com fome, pois comeu toda a sopa. Porém com um pouco de dificuldade pela garganta inflamada.
_Se sentir vontade de vomitar, só me gritar. -Sai do quarto.
Fui para a sala, me deitei no sofá pra deixá-lo descansar. Enquanto eu assistia algum programa inútil, e ouvi a campainha. Drew.
_Ah, oi. -Sorri.- Pode entrar.
_Obrigado. Como ele está? -Entrou.
_Está dormindo.
_Ok.
Há algum tempo combinamos que fora da empresa, não vamos falar sobre negócios.
_E então, você quer fazer o que? -Me perguntou.
_Eu não sei, pra essas coisas eu não sirvo.
_Você e Liam namoram? -Perguntou.
_Não, somos amigos.
_Legal.
Na maioria das vezes ele quem puxava assunto. Ele sabia mais sobre mim do que eu dele.
_Você tem quantos anos? -O perguntei.
_27.
_É bem mais conservado do que eu pensava. -Eu disse praticamente sem pensar.- Me desculpe. -Me envergonhei e ele riu.
_Então você me acha bonito? -Ele sorriu torto.
_Claro. -Abaixei a cabeça.
_Você é linda, muito linda. -Continuou sorrindo.
_Obrigada.
Depois daquele dia constrangedor, resolvi continuar a trabalhar, mas em casa. Liam passou a ligar todos os dias para James, mas tem algo de errado com ele, mesmo conversando com o pai.
_Está melhor? -Perguntei a James que estava deitado na cama.
_Sim, minha garganta parou de doer.
_Otimo, está na hora do remédio.
_Qual? O ruim ou o de morango?
_O ruim. -Ri da careta dele.
_Ah não mamãe!
_Ah sim James.

Semanas depois.
Liam ligou e ele voltará daqui há cinco dias, imagine só. James já voltou para a creche, mas chegou a pouco tempo já indo dormir. São seis horas da tarde e graças a Deus, tenho folga hoje e amanhã. O tempo está chuvoso e absurdamente frio. Como todos sabem, eu amo esse tempo frio, óbvio. Filmes, pipocas, cobertores, o que mais posso querer? Imagine só Liam chegar mais cedo de viagem.
A campainha tocou e eu corri para atender, parecia até uma resposta à minha pergunta anterior.
_Está brincando!? -Me surpreendi.

Continua...

4 comentários:

Eu fico feliz quando vejo os comentários de vocês, isso me inspira! As vezes eu fico desanimada pra escrever porque parece que ninguém está lendo ou acompanhando as histórias. Então comente, eu realmente me importo com seus comentários! Obrigada :)x.